O desmatamento na Amazônia caiu 33,6% entre janeiro e junho de 2023, em relação ao mesmo período do ano passado. O número foi calculado com base em imagens de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que detectaram 2.649 quilômetros quadrados de floresta desmatada no primeiro semestre do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, diz que o resultado cumpre com o que foi prometido na campanha eleitoral: “A decisão política de fazer o enfrentamento da questão da mudança do clima e do combate ao desmatamento, para alcançar o desmatamento zero até 2030”. Vale destacar que, só em junho, a destruição da Amazônia recuou 41% em relação ao mesmo mês de 2022.
O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, ressaltou que a redução do desmatamento foi ainda melhor na terra Yanomami.
“Nós estamos fazendo um esforço muito grande de colocar ordem na casa. Esse é um trabalho que está sendo feito em parceria com Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional, Funai e Ministério dos Povos Indígenas.
No caso específico da terra de Yanomami, nós conseguimos zerar o desmatamento, mas a gente sabe que tem garimpeiros lá dentro, a gente tem as nossas equipes lá dentro.
O que a gente percebeu é que estão garimpando à noite e estão garimpando em áreas já desmatadas para não serem pegos. A gente fez uma operação muito semelhante a uma operação de guerra e a gente está muito contente com o resultado até aqui”, declarou o presidente do Ibama.
Já no Cerrado, um dos biomas mais agredidos, houve aumento de 21% no desmatamento registrado no primeiro semestre do ano, em comparação com o mesmo período de 2022. O Ministério do Meio Ambiente sinalizou que tais números demandam ações tão eficientes quanto as que têm sido promovidas na Amazônia.