Mesmo em baixa, o percentual de desocupados em território nacional ainda equivale a 8,6 milhões de pessoas ainda fora da força de trabalho, segundo os números da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua.
Adriana Beringuy, coordenadora da pesquisa, recorda que o recuo ocorre após uma leve alta da taxa de desocupação nos primeiros três meses deste ano (8,8%). "Esse movimento aponta para recuperação de padrão sazonal desse indicador. Pelo lado da ocupação, destaca-se a expansão de trabalhadores na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, no trimestre e no ano", avalia ela.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado figura em 36,8 milhões, número que representa uma estabilidade ante o trimestre anterior, mas que corresponde a um aumento de quase 1 milhão (+2,8%) de novos trabalhadores formais na comparação anual.
A taxa de informalidade foi de 39,2% no segundo trimestre, ante uma taxa de 39% nos três primeiros meses do ano, e de 40% no mesmo período de 2022. “O tipo de vínculo que se destaca como responsável pelo crescimento da ocupação vem de um dos segmentos da informalidade, que é o emprego sem carteira assinada”, explica Adriana.
Já a quantidade de trabalhadores com carteira assinada no setor ficou estável no trimestre, totalizando 36,8 milhões de pessoas, mas com aumento de 2,8% (mais 991 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre do ano passado.