Um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV) mostrou que médicos, matemáticos, atuários e estatísticos, geólogos e geofísicos são os profissionais mais bem pagos do Brasil.
Os dados mostraram que a remuneração média dos brasileiros caiu em 13% desde 2012. No entanto, os desenvolvedores de páginas de internet e outras profissões ligadas a área de tecnologia tiveram crescimento de cerca de 90% na média salarial.
A pesquisa foi feita com trabalhadores do setor privado e com ensino superior que atuam nas ocupações mais bem pagas, que estão acima do rendimento médio do brasileiro, que é de R$ 2.836. O estudo comparou o segundo semestre de 2012 e o segundo trimestre de 2023.
Entre as 17 profissões mais bem pagas, apenas quatro tiveram uma valorização salarial. Matemáticos, estatísticos e atuários, aquele que controla o risco financeiro em uma empresa, somaram até 50% de alta. Enquanto isso, os desenvolvedores de app tiveram 39% de aumento.
Confira a lista das profissões:
Médicos especialistas: R$ 18.475 (-13%)
Matemáticos, atuários e estatísticos: R$ 16.568 (+50%)
Médicos gerais: R$ 11.022 (-37%)
Geólogos e geofísicos: R$ 10.011 (-20%)
Engenheiros mecânicos: R$ 9.881 (-7%)
Engenheiros não classificados anteriormente: R$ 9.451 (-11%)
Desenvolvedores de programas e aplicativos (software): R$ 9.210 (+39%)
Engenheiros industriais e de produção: R$ 8.849 (-22%)
Economistas: R$ 8.645 (-39%)
Engenheiros eletricistas: R$ 8.433 (-22%)
Engenheiros de minas, metalúrgicos e afins: R$ 7.887 (-14%)
Engenheiros civis: R$ 7.538 (-41%)
Desenhistas e administradores de bases de dados: R$ 7.301 (+30%)
Advogados e juristas: R$ 7.237 (0%)
Engenheiros químicos: R$ 7.161 (-52%)
Analistas de sistemas: R$ 7.005 (-19%)
Desenvolvedores de páginas de internet (web) e multimídia:R$ 6.075 (+91%)
Profissões que tiveram queda
O estudo mostra que engenheiros químicos e economistas tiveram uma grande redução na média. Em relação aos químicos, a queda foi de mais de 50% enquanto os civis perderam 41% na redução.A queda da média salarial no Brasil pode ser atribuída a três fatores principais: a grande recessão econômica da última década, a onda de desemprego entre 2021 e 2022 causada pela pandemia da covid-19 e a mudança da carteira assinada para os profissionais autônomos.