No comunicado também é informado que o grupo de 32 pessoas que aguardam repatriação em Gaza, estão sendo atendidos por um profissional contratado pelo Escritório de Representação do Brasil na Palestina. Contudo, devido ao cerco no local, as consultas têm ocorrido de forma virtual, mesmo com a dificuldade de acesso à internet e à energia elétrica no local.
A profissional que faz o atendimento é Palestina e tem dado conselhos sobre como lidar com a ansiedade e a insônia, utilizando exercícios respiratórios, e também sobre como conversar com as crianças para confortá-las em meio aos perigos da guerra. “A guerra não se limita apenas ao bombardeio e ao combate aberto, mas também inclui ataques de informação e psicológicos.
O grupo que aguarda para ser repatriado estão divididos em pontos estratégicos de Gaza. 16 (quatro homens, quatro mulheres e oito crianças) foram deslocadas para Rafah, onde passaram a noite em um imóvel alugado pelo Itamaraty. Elas estavam na Cidade de Gaza, onde se abrigaram em uma escola — a Rosary Sisters School, que fica na periferia da capital, ao sul — durante os primeiros dias da ofensiva de Israel. As outras 16 pessoas (dois homens, cinco mulheres e nove crianças) são moradoras de Khan Yunis e aguardam a liberação em suas casas.
A cidade fica a poucos quilômetros de Rafah. Desde o começo do conflito que já matou mais de 4.000 pessoas, sendo 2.670 na Palestina e 1.400 em Israel. Três das vítimas são brasileiros: Karla Stelzer Mendes, de 42 anos, o gaúcho Ranani Nidejelski Glazer, de 23 anos, e Bruna Valeanu, de 24 anos. A Operação Voltando em Paz do governo brasileiro já resgataram 916 brasileiros que estavam no meio da guerra no Oriente Médio.