PESOU NO BOLSO - 20/10/2023 08:50 (atualizado em 20/10/2023 08:59)

Com volta dos impostos, encher o tanque do carro com gasolina está R$ 40 mais caro em 2023

Cálculo considera impacto da elevação de 16,13% no valor médio cobrado pelo combustível de motoristas de veículos equipados com tanque de 50 litros
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Arte: WH3
A volta da cobrança de impostos sobre a gasolina resultou em um peso significativo no bolso dos motoristas ao longo de 2023. Mesmo em queda nas últimas sete semanas, o valor médio do litro do combustível subiu R$ 0,80, de R$ 4,96 para R$ 5,76, desde a última semana de dezembro de 2022.

A alta de 16,13% representa uma variação real (acima da inflação) de 12,2% ao longo deste ano, o que deixa R$ 40 mais caro o ato de encher um tanque de 50 litros, equivalente ao dos modelos Hyundai HB20, Renault Sandero e Volkswagen Fox.

Os dados divulgados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) também evidenciam a necessidade de pesquisar antes de abastecer o veículo, já que os valores encontrados por cada litro de gasolina variam entre R$ 4,75 e R$ 7,59 somente no estado de São Paulo.

Nesta quinta-feira (19), a Petrobras anunciou redução de R$ 0,12 no preço da gasolina nas distribuidoras a partir deste sábado (21). Mas a diminuição não é imediata nos postos de gasolina. Já o diesel terá aumento de R$ 0,25. 
Alternativa para os proprietários de carros flex, o etanol está 6,7% mais barato neste ano, e cada litro custa, em média, R$ 3,61 nos postos. Na última semana de 2022, o valor médio cobrado pelo etanol nos postos era de R$ 3,87.

Diante das oscilações, abastecer com o biocombustível é vantajoso em sete estados e no Distrito Federal, localidades nas quais o valor médio cobrado pelo etanol equivale a menos de 70% do preço da gasolina. A análise considera que o veículo abastecido com álcool gasta mais litros para percorrer a mesma distância do que com gasolina.

A discrepância entre as oscilações dos dois combustíveis pode ser justificada pelo retorno da cobrança de PIS/Cofins e Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre a gasolina, que voltou a vigorar integralmente no mês de julho. 

Também pesa a determinação da Petrobras de elevar em R$ 0,41 (+16,3%), de R$ 2,52 para R$ 2,93, os preços médios da gasolina vendida nas distribuidoras, em agosto. A decisão foi a primeira desde a extinção da política de paridade internacional dos combustíveis, anunciada em maio.

Fonte: R7
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