A projeção para o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, considerado a inflação oficial do país, foi reajustada para baixo pela terceira semana consecutiva, indo de 4,65% para 4,63%. Os dados são do Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira, 30.
Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram na última semana que o IPCA ficou em 0,21% em outubro, 0,14 ponto percentual (p.p.) menor que em setembro, quando foi de 0,35%. Resultado foi influenciado pela alta nos preços das passagens aéreas, que subiram 23,75% em média e tiveram o maior impacto individual (0,16 p.p.) no índice.
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,96%, enquanto o acumulado dos últimos 12 meses é de 5,05%, acima dos 5,00% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2022, a taxa foi de 0,16%.
Para 2024, o relatório trouxe estabilidade na estimativa de crescimento do PIB, que continuou em 1,50% na semana, mesmo patamar de um mês atrás. Em relação a 2025, a mediana continuou em 1,90%, mesmo nível de quatro semanas antes.
A expectativa para a taxa básica de juros (Selic) no fim de 2023 foi mantida em 11,75%. A estimativa segue a sinalização mais recente do Comitê de Política Monetária (Copom) de que o ritmo de corte de 0,50 ponto porcentual é o mais apropriado para as próximas reuniões. Para o término de 2024, a mediana subiu para 9,25%, enquanto a de 2025 foi para 8,75%. As expectativas para a taxa de câmbio ficaram inalteradas em R$ 5,00 para 2023 e R$ 5,05 para 2024.