Cerca de 82% dos catarinenses que pretendem aproveitar a Black Friday para consumir não guardaram dinheiro para as compras, apontou uma pesquisa da Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina).
A Black Friday acontece tradicionalmente na última sexta-feira do mês de novembro, que neste ano é no dia 24.
A pesquisa da Fecomércio foi feita entre os dias 28 de setembro e 13 de outubro em Blumenau, Chapecó, Criciúma, Florianópolis, Joinville, Lages e Itajaí.Cerca de 42% dos entrevistados têm renda média familiar de R$ 2,4 mil a R$ 6 mil por mês, enquanto a renda para 27% é de R$ 1,2 mil a R$ 2,4 mil.
Já 6,6% ganha até R$ 1,2 mil; 12,6% de R$ 6 mil a R$ 9,8 mil; 3,8% de R$ 9,8 mil a R$12,3; 1% de R$ 12,3 mil a R$ 18,5 mil, 0,7% tem renda superior a R$ 18,5 mil e 5,7% se recusaram a conversar.
O levantamento apontou que, em média, os consumidores catarinenses pretendem gastar R$ 1,2 mil na data. Enquanto 41,6% irá tirar esse valor da renda mensal, 41% prefere utilizar o cartão de crédito.
Apenas 15,9% afirmou ter se planejado financeiramente e reservou dinheiro para comprar na Black Friday.
Mesmo sem planejamento, 61,3% dos entrevistados querem pagar as compras à vista, enquanto 37,9% pretende parcelar.
Ranking mostra quais cidades irão gastar o maior valor na Black Friday
A Black Friday será útil para comprar novos produtos para casa e família para 45,7% dos consumidores catarinenses. Apenas 5,5% quer aproveitar a data para comprar presentes.Quanto ao local onde os consumidores pretendem comprar, 47,3% querem gastar dinheiro no comércio local e 34,2% vai fazer compras online.
Em Joinville, cidade que registrou a maior intenção de compra, o objetivo é renovar móveis, eletrodomésticos e a decoração da casa.
Já em Lages e Florianópolis, as promoções para compra de roupas e sapatos serão as mais aproveitadas.
- Joinville: R$ 1.507,36
- Itajaí: R$ 1.423,17
- Chapecó: R$ 1.371,43
- Blumenau: R$ 1.305,40
- Criciúma: R$ 1.156,60
- Florianópolis: R$ 1.147,43
- Lages: R$ 1.108,96
O objetivo de gasto médio de R$ 1,2 mil na Black Friday é 27,8% maior que o declarado na pesquisa da Fecomércio em 2022.
Segundo a Fecomércio, se considerado a inflação, houve um aumento real de 21,5% na intenção de gasto dos consumidores.
“Tal elevação pode refletir, por um lado, o aumento da confiança dos consumidores em realizar compras e, por outro lado, a percepção de melhora da situação econômica do País em relação às últimas Black Fridays”, afirmou a pesquisa.
Ainda conforme o levantamento, os que sentem que a própria situação financeira melhorou aumentou de 34,6% para 45% em um ano.
Enquanto isso, 37% acreditam que a situação financeira está pior e 17,6% afirmam que está pior.
Quem pesquisou os preços pretende gastar mais
O indicador apontou ainda que quem pesquisou os preços pretende gastar os maiores valores na Black Friday.
Cerca de 1,8% dos consumidores conferem a pesquisa do Procon sobre o preço médio dos produtos, que é justamente quem está disposto a gastar uma média de R$ 1,4 mil na data.
Em contrapartida, 11,9% não fazem nenhuma pesquisa e pretendem gastar o menor valor na data: cerca de R$ 1 mil.
“Seguem a lógica de que maior gasto exige também esforço maior”, explica a federação.