CEIA MAIS CARA - 23/11/2023 09:15

Preço do azeite dispara e deixa ceia de Natal 7,7% mais cara neste ano

Pesquisa da Fipe avalia 15 produtos da cesta de Natal e 11 da lista de outros itens natalinos; o preço das carnes teve queda
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Apesar da queda da inflação neste ano, a cesta de produtos para a ceia de Natal está 7,7% mais cara em relação ao ano passado. Entre os produtos que não podem faltar na mesa natalina, o azeite de oliva é o que mais subiu, 35,7%. No entanto, as carnes registraram recuo no preço. O filé-mignon, o pernil com osso e a picanha, por exemplo, ficaram 11,2%, 10,4% e 4% mais baratos.

É o que mostra a prévia do levantamento da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Com base no IPC (Índice de Preços ao Consumidor), da segunda quadrissemana de dezembro de 2022 em relação à segunda quadrissemana de novembro de 2023, o preço médio da cesta ficou em R$ 413,53. No ano passado, o valor era de R$ 383,80.

Mas a tendência é de alta até o fim do ano, porque itens mais tradicionais, como peru, pernil, lombo e chester, devem sofrer alterações mais perto do Natal. Por isso, para quem pode, vale a pena antecipar as compras.

O alerta é do economista Guilherme Moreira, coordenador do IPC da Fipe. Ele explica que esse levantamento é uma antecipação para mostrar ao consumidor o que está mais caro e o que está mais barato.

O valor definitivo será registrado na pesquisa realizada na segunda semana de dezembro, às vésperas do Natal. "Quem quer economizar antecipe as compras de Natal, que, com certeza, pagará mais barato", afirma o economista.

Na média, o preço da cesta de Natal supera a inflação acumulada do ano e dos últimos 12 meses. De acordo com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial medida pelo IBGE, o acumulado nos últimos 12 meses em outubro foi de 4,8% e o do ano, de 3,7%.

A pesquisa da Fipe avalia 15 produtos da cesta de Natal e 11 da lista de outros itens natalinos. Depois do azeite, os itens que mais aumentaram foram a caixa do morango (27,3%), o peru (15,8%), o bacalhau (15,6%), o atum sólido (12,4%) e o palmito inteiro (9,5%).

"Considerando a variação da alimentação em geral no ano, o aumento da cesta natalina foi bem alto. Alguns itens que a gente pode destacar tiveram altas muito fortes, por exemplo, o azeite. Outros produtos típicos que são consumidos nessa época sobem bastante no fim de ano", explica o economista.

O destaque positivo são as carnes, que caíram muito de preço. "No ano passado, foi um Natal em que elas estavam muito caras. Neste ano, elas caíram bastante. As carnes têm peso grande para os brasileiros, por causa dos churrascos. Neste ano, deu uma boa aliviada", avalia Moreira.

Fonte: R7
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