Um estudo feito por cientistas da UE (União Europeia) e publicado nesta quarta-feira (6) revela que o ano de 2023 será o mais quente da história. Já novembro teve a maior temperatura registrada mundialmente — 0,32°C acima do que o mês marcou em 2020.
Novembro teve ainda 1,75°C a mais do que uma estimativa da média do mês entre 1850 e 1900, período de referência pré-industrial.
De acordo com Samantha Burgess, diretora-adjunta do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), este ano já teve seis meses com recordes de calor.
"As extraordinárias temperaturas globais de novembro significam que 2023 é o ano mais quente já registrado na história”, disse.
A pesquisa é divulgada no momento em que a COP28, Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, reúne em Dubai governantes que negociam a possibilidade de, pela primeira vez, eliminar gradualmente o uso do carvão, do petróleo e do gás, que emitem CO2 — principal fonte de emissões de aquecimento.
“Enquanto as concentrações de gases de efeito estufa continuarem a aumentar, não podemos esperar resultados diferentes daqueles observados neste ano. A temperatura continuará a subir, assim como os impactos das ondas de calor e das secas. Alcançar emissões líquidas zero o mais rapidamente possível é uma forma eficaz de gerir os nossos riscos climáticos”, disse Carlo Buontempo, diretor do C3S.