CLIMA - 10/01/2024 05:49

Ano de 2023 bate recordes de calor e é reconhecido como o mais quente da história

Ano passado foi, provavelmente, o mais quente do planeta nos últimos 100 mil anos
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O ano de 2023 foi identificado como o mais quente que se tem registro na história da humanidade, conforme apontou relatório do observatório europeu Copernicus divulgado nesta terça-feira (9). O planeta teve temperatura de 14,98°C em média, 0,17ºC acima de 2016, o ano mais quente até então. Além disso, pela primeira vez, todos os dias do ano ficaram ao menos 1ºC acima do nível pré-industrial.

A série histórica de registros tem início em 1850. É possível afirmar, no entanto, que o recorde de 2023 é ainda maior em relação a esse período, uma vez que técnicas de paleoclimatologia permitem comparações mais longas ao estimarem as condições do clima em épocas anteriores com base em vestígios naturais.

— As temperaturas durante 2023 provavelmente excederam as de qualquer período pelo menos nos últimos 100 mil anos — disse Samantha Burgess, vice-diretora do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, acrescentando que recordes de calor caíram como “dominós” no ano passado.

Calor acima de limite seguro

O relatório do Copernicus indica que, em quase metade dos dias de 2023, a temperatura média do planeta ficou mais de 1,5ºC acima do nível pré-industrial de 1850 a 1900.

Esse é o limite previsto pelo Acordo de Paris e entendido como seguro por cientistas para se evitar efeitos ainda mais catastróficos das mudanças climáticas, desencadeadas pelo aquecimento do planeta.

Em dois dias de novembro do ano passado, a temperatura média da Terra chegou ainda a ultrapassar 2ºC do nível pré-industrial. Além disso, entre outros recordes de calor de 2023, todos os meses de junho a dezembro foram mais quentes que os meses correspondentes de anos anteriores.

Alerta para redução de emissões de gases de efeito estufa

O relatório do Copernicus sobre o calor sem precedentes em 2023 foi acompanhado ainda de um alerta para a necessidade de redução das emissões dos gases de efeito estufa na atmosfera, que têm origem, especialmente, pela queima de combustíveis fósseis, impulsionada pela revolução industrial.

— Os extremos que observamos ao longo dos últimos meses fornecem um testemunho dramático de quão longe estamos agora do clima em que a nossa civilização se desenvolveu. Isto tem consequências profundas para o Acordo de Paris e para todos os esforços humanos. Se quisermos gerir com sucesso a nossa carteira de riscos climáticos, precisamos urgentemente descarbonizar a nossa economia — afirmou Carlo Buontempo, diretor do Copernicus, na ocasião de divulgação do relatório.

Fonte: NSC
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