O réu por matar um casal de motoristas de aplicativo foi condenado a 48 anos de prisão pelo júri da Comarca de Chapecó. Ele responde por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. As vítimas, Evanir Pires dos Santos Taborda e Simone da Silva Filho, foram assassinadas e enterradas no interior do município e os corpos encontrados quatro meses após o crime.
O réu, de 56 anos, foi condenado com as qualificadoras de motivo torpe e emboscada, em relação ao homem, e motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima quanto a morte da mulher.
O júri começou por volta das 8h30 da manhã e se estendeu ao longo do dia. Na parte da manhã foram ouvidas quatro testemunhas. Os trabalhos encerraram com o interrogatório do réu que optou por responder apenas aos questionamentos dos advogados de defesa.
Relembre o caso do casal de motoristas morto
Conforme a denúncia, o homem que foi morto era sócio de um posto de lavação. Por conta de desentendimentos comerciais, a outra proprietária do empreendimento planejou o crime.
A proprietária convidou a vítima para conhecer um maquinário que pretendiam comprar. Ela se encontrou com o motorista de aplicativo no carro dele. A outra vítima, também motorista, estava no veículo.
No local, o réu julgado hoje acertou quatro tiros na cabeça e no tórax do homem. O corpo foi colocado no porta-malas do próprio carro que passou a ser conduzido pelo acusado. A outra motorista foi levada junto.
A sócia do homem e outra mulher seguiram o veículo com outro carro. No interior de Chapecó, o acusado atirou duas vezes contra a cabeça e o tórax da mulher, companheira do homem que já estava morto.
As duas mulheres envolvidos na execução do crime foram condenadas. A sócia do motorista pegou 54 anos de prisão enquanto a comparsa levou 39 anos como pena, conforme o TJSC.
Casal de motoristas foi enterrado por suspeito
Os dois corpos foram enterrados em covas separadas, em meio à mata. O carro das vítimas foi abandonado pelo acusado em um município do Rio Grande do Sul. Os crimes aconteceram em 20 de janeiro de 2021.Os corpos foram encontrados quatro meses depois e o acusado foi considerado foragido. Em dezembro de 2022 ele foi preso em Mato Grosso, onde já havia cometido outro homicídio.