Em 2023, o Brasil passou por um aumento significativo no fechamento de empresas, registrando uma média de quatro encerramentos a cada minuto, totalizando 2,1 milhões ao longo do ano.
Micro e pequenas empresas são as mais afetadas
Esses números, divulgados pelo Mapa de Empresas do governo federal, representam um aumento de 25,7% em relação a 2022, com micro e pequenas empresas sendo as mais impactadas, contabilizando 2.049.622 e 49.631 fechamentos, respectivamente.
Dados da Serasa indicam que, entre janeiro e novembro do ano passado, 670 empresas declararam falência, sendo a maioria composta por micro e pequenos negócios.
Adicionalmente, 1,3 mil empresas buscaram recuperação judicial, um cenário que evidencia a fragilidade econômica de diversos empreendimentos.
No panorama regional, o Mato Grosso liderou em crescimento percentual na abertura de empresas, registrando uma alta de 6,4%. Em contrapartida, Roraima encabeçou o ranking de empresas fechadas, apresentando uma variação de 41,2% em comparação a 2022.
Setores como preparação de documentos, comércio varejista de vestuário, promoção de vendas e serviços de cabeleireiros, manicure e pedicure foram os mais ativos na criação de novos negócios em 2023, conforme informações do Ministério do Desenvolvimento.
A vulnerabilidade do MEI (microempreendedor individual) também foi destacada em um estudo do Sebrae, revelando uma taxa de fechamento de 29% em até cinco anos, atribuída, em parte, à falta de acesso a crédito e capacitação limitada.
Grandes empresas também foram afetadas
Casos de recuperação judicial, como os da 123Milhas, Grupo Petrópolis e Gol, evidenciam os desafios enfrentados por empresas de diferentes setores.
A Gol, por exemplo, teve seu pedido de recuperação judicial aceito nos Estados Unidos, buscando financiamento para manter suas operações.