No começo desta semana a Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola) confirmou dois casos de raiva em bovinos no Distrito de Marechal Bormann, interior de Chapecó, Oeste de SC. A doença não tem cura ou tratamento e leva o infectado à morte.
Ivan Ulsenheimer, médico veterinário e gestor do departamento regional da Cidasc, explica ao ND Mais que os animais infectados pertencem a uma propriedade com cerca de 25 bovinos.
Agora, as propriedades próximas do local afetado precisarão vacinar todos os animais contra a raiva para a prevenção e controle da doença. Na sexta-feira (8), a Cidasc e outros órgãos da saúde farão uma reunião para alinhar as medidas que serão tomadas.
Cidasc foi acionada
Ao perceber os sintomas nos animais, o produtor chamou o veterinário que suspeitou da doença e encaminhou a coleta dos materiais para o laboratório. O exame confirmou a raiva.Origem da doença
Ivan explica que ainda não é possível afirmar como a raiva foi transmitida aos animais. A suspeita é que eles foram mordidos por um morcego. “Mas nada impede que, de alguma forma acidental, cães tenham mordido esses bovinos”, completa.A principal ação de prevenção é a vacinação. Ulsenheimer destaca que esses casos acendem um alerta em relação à doença e que os produtores devem ficar atentos com o surgimento de sintomas nervosos nos animais.
Muito cuidado
O produtor precisa tomar muito cuidado quando o animal apresentar algum sintoma e evitar o contato, pois a raiva pode ser transmitida por meio da saliva.
Ivan ressalta que a raiva é uma doença de notificação obrigatória e a Cidasc deve ser acionada. Um dos contatos com o órgão é por meio do telefone 2049 7979.O que é a raiva?
A raiva é uma doença transmissível que atinge mamíferos como cães, gatos, bois, cavalos, macacos, morcegos e também o homem. O vírus ataca o sistema nervoso e leva o paciente à morte após pouco tempo de evolução.
A transmissão da doença ocorre quando a saliva do animal infectado entra em contato com a pele ou mucosa por meio da mordida, arranhões ou lambedura do animal.
A Cidasc explica que os sintomas variam conforme a espécie, mas quando ocorrem em animais herbívoros, as manifestações são de paralisia. Em caso de agressão por animal, é necessário procurar atendimento médico.