Ex-presidente - 19/03/2024 08:39 (atualizado em 19/03/2024 08:44)

Polícia Federal indicia Bolsonaro por falsificação na carteira de vacinação

Além de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) também constam da lista de indiciados
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Ex-presidente Jair Bolsonaro foi indiciado pela PF – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado pela Polícia Federal por falsificação na carteira de vacinação contra a Covid-19. O caso envolve ainda o tenente-coronel Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ).

O indiciamento na prática implica que o caso será encaminhado ao Ministério Público, que terá a prerrogativa de determinar se irá formalizar uma denúncia perante a Justiça ou se irá encerrar a investigação.

No caso de Cid, a PF indica ainda que o tenente-coronel teria usado documentos falsos.

A vacina de Bolsonaro

Em 18 de janeiro deste ano uma investigação da CGU (Controladoria-Geral da União) concluiu que é falso o registro de imunização contra a Covid-19 que consta do cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro. A investigação originou-se de um pedido à LAI (Lei de Acesso à Informação) formulado no fim de 2022.

Os registros atuais do Ministério da Saúde, presentes no cartão de vacinação, indicam que o ex-presidente recebeu a vacina em 19 de julho de 2021, na UBS (Unidade Básica de Saúde) Parque Peruche, na zona norte de São Paulo.

No entanto, uma investigação da Controladoria revelou inconsistências nessa informação. Conforme dados da FAB (Força Aérea Brasileira), Bolsonaro estava em São Paulo até um dia antes da suposta vacinação, retornando a Brasília, e não realizou nenhum voo adicional até pelo menos 22 de julho de 2021.

Depoimentos de funcionários da UBS corroboram essa descoberta, negando terem visto Bolsonaro na data indicada e negando terem recebido solicitações para registrar a imunização.

Até mesmo a enfermeira mencionada no cartão de vacinação, cujo depoimento foi obtido, confirmou não ter administrado a vacina e apresentou documentos comprovando que não estava mais trabalhando na UBS na data em questão.

Além disso, os registros físicos de vacinação mantidos pela UBS não corroboram a presença do ex-presidente no local em 19 de julho de 2021.

Fonte: ND+
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