Nos EUA - 21/03/2024 16:37 (atualizado em 21/03/2024 16:40)

Primeiro transplante de rim de porco em paciente vivo é comandado por médico brasileiro

Homem de 62 anos se recupera bem da operação, segundo a instituição de saúde
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Foi transplantado com sucesso, pela primeira vez, um rim de porco geneticamente modificado em paciente vivo, informou o Hospital Geral de Massachusetts, em Boston (EUA), nesta quinta-feira (21). Segundo informações do g1, a cirurgia foi comandada pelo médico brasileiro Leonardo Riella.

O paciente, um homem de 62 anos, está "se recuperando bem" da operação, realizada no sábado (16), informou o hospital em comunicado.

Rins de porco já haviam sido transplantados em pessoas com morte cerebral. No passado, pacientes vivos receberam um transplante de coração de um porco geneticamente modificado, mas morreram. Modificações genéticas são realizadas para reduzir o risco de rejeição.

Os médicos "me explicaram detalhadamente os prós e os contras do procedimento", disse o paciente, Richard Slayman, conforme o comunicado.

"Eu vi isso como uma forma não apenas de me ajudar, mas também de dar esperança a milhares de pessoas que precisam de um transplante para sobreviver", relatou Slayman.

Segundo os médicos, ele chegou a receber um transplante de um rim de outra pessoa em 2018, mas o órgão falhou em 2023, assim o paciente voltou a depender de diálise. Slayman também convive com diabetes tipo 2 e hipertensão. 
Mais de 100 mil pessoas aguardam um transplante de órgãos nos Estados Unidos, principalmente de rim.

O campo dos xenoenxertos (transplantes de órgãos de animais para humanos) avançou rapidamente nos últimos anos. A pesquisa sobre o assunto já vinha sendo desenvolvida havia cinco anos pelo hospital em parceria com a empresa eGenesis.

Em setembro de 2021, cirurgiões do Hospital Langone, em Nova York, realizaram o primeiro transplante de rim de porco do mundo em uma pessoa com morte cerebral.

A proposta da pesquisa é, além de oferecer uma maior oferta de órgãos e salvar a vida de pessoas que precisam de um rim, oferecer outras maneiras de tratamento que não sejam a hemodiálise.

— Toda semana, temos que retirar pacientes da lista de espera porque ficam muito doentes para fazer um transplante durante a diálise. A disponibilidade oportuna de um rim poderia dar a oportunidade a milhares de pessoas de obter um tratamento muito melhor para a insuficiência renal do que a diálise — disse o médico brasileiro ao g1.

Fonte: Gaúcha / ZH
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