SAÚDE - 26/04/2024 10:45

Com 121 mortes, dengue em 2024 já matou mais do que em todo o ano de 2023 em SC

No ano anterior foram registradas 98 mortes
Recomendar correção
Obrigado pela colaboração!
Foto: Arquivos WH Comunicações

Nos primeiros quatro meses de 2024, a dengue já matou 121 pessoas em Santa Catarina. O número é superior aos 98 óbitos registrados ao longo de todo o ano anterior. As cidades que mais tiveram vítimas da doença são Itajaí e Joinville, com 23 cada uma. 

O diretor da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), João Augusto Brancher Fuck, explica que o número de óbitos acompanha o elevado número de casos prováveis da doença. Em SC, são mais de 180 mil. Isso aconteceu por conta da antecipação do período de transmissão das arboviroses, o que inclui a dengue.

Fuck destaca, inclusive, que as cidades com maiores números de casos prováveis são também as que registram mais mortes. Itajaí e Joinville, por exemplo, lideram ambos os rankings, tendo, cada uma, mais de 9,5 mil casos prováveis por 100 mil habitantes. 

— Inicialmente o melhor indicador de severidade da dengue deve levar em conta o número absoluto de mortes em conjunto com o número total de casos. Assim sendo, se tivemos um aumento de 387% de casos nos primeiros três meses de 2024, é esperado um aumento do número absoluto de óbitos — reforça o médico infectologista do Hospital Dona Helena, de Joinville, Luiz Henrique Melo.

Evolução da doença até o óbito

A dengue se manifesta em diversos níveis, assim como outras doenças. Por isso, o grau de risco para prioridade no atendimento e na internação se baseia na classificação de risco: grupos A, B, C e D, conforme recomendações do Ministério da Saúde.

O médico infectologista explica que existem sintomas que são chamados sinais de alarme, como dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos, pressão baixa, desmaio, sangramentos, alteração de comportamento, que se presentes, devem levar o paciente a procurar atendimento médico.

—  A morte por uma doença depende da agressividade do vírus, mas também da capacidade de defesa do paciente, bem como da capacidade do sistema de saúde em atender a toda a demanda de caos. Pacientes mais vulneráveis, como crianças e pessoas acima de 60 anos, têm maior risco de complicações. As comorbidades tornam o doente mais vulnerável tanto à complicações da dengue como também à descompensação da comorbidade. Ambas influenciam na mortalidade — destaca Melo.

Já Fuck também ressalta que é importante evitar a automedicação já que alguns medicamentos podem contribuir para uma evolução desfavorável do quadro. São eles, por exemplo, Ácido Acetilsalis, o famoso AAS, corticoides, ibuprofeno, nimesulida e diclofenaco. 

— Lembrando que hoje, quando a gente analisa os óbitos do Estado, estamos falando que boa parte desses óbitos são pessoas com mais de 60 anos de idade, muitas vezes que já tem comorbidade, ou seja, já tem algum problema de saúde. Embora também vemos óbitos em pacientes jovens, sem nenhum problema prévio. Então, a orientação para buscar o serviço de saúde é talvez uma das principais nesse momento — indica o diretor da Dive.

Previsão para os próximos meses

De acordo com Fuck, o estado já atingiu o pico de transmissão e, agora, a curva começa a mostrar estabilidade e queda nas próximas semanas. Ainda assim, a dengue segue exigindo atenção, já que apesar da estabilidade, ainda há um acentuado número de casos. 

O médico infectologista também ressalta que, historicamente, o número de casos diminui a partir de maio e junho

— Mas o controle dos mosquitos e a vacinação são estratégias de impacto para o controle da doença — destaca Melo.

VEJA MAIS IMAGENS
Fonte: NSC
Publicidade
Publicidade
Cadastro WH3
Clique aqui para se cadastrar
Entre em contato com a WH3
600

Rua 31 de Março, 297

Bairro São Gotardo

São Miguel do Oeste - SC

89900-000

(49) 3621 0103

Carregando...