A decisão foi unânime e seguiu o voto do relator da ação, Floriano de Azevedo Marques. O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná também rejeitou a cassação do mandato do senador.
O relator apontou brechas na Lei Eleitoral e na jurisprudência do TSE sobre a pré-campanha eleitoral e os gastos nessa fase. Moro foi considerado “vacilante” em sua candidatura e alguns de seus gastos foram classificados como “censuráveis”. No entanto, não foi observada conduta passível de cassação. Durante a pré-campanha, Moro gastou 17,47% do teto da campanha, o que equivale a R$ 777 mil.
O relator defendeu a necessidade de parâmetros mais claros sobre os gastos de pré-campanha pela legislação eleitoral. Ele também destacou que candidatos que precisam de segurança e carros blindados não têm vantagem, mas sim necessidade devido a ameaças recebidas.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, defendeu a absolvição do ex-juiz antes do julgamento.
O julgamento teve início menos de três semanas antes da saída do ministro Alexandre de Moraes da corte, e a decisão do TSE representa um desfecho importante para o caso. Com a rejeição dos recursos, o senador Sergio Moro segue no cargo, mas a polêmica em torno de sua conduta durante as eleições de 2022 continua a gerar debates e discussões no cenário político nacional.