Santa Catarina voltou a registrar elevadas taxas de ocupação dos leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) nos hospitais. Em todo o Estado, 94,99% das vagas estão ocupadas, de acordo com a última atualização do painel de leitos da Secretaria do Estado de Saúde (SES). Ou seja, dos 1.376 leitos ativos, somente 69 estão disponíveis. De acordo com a SES, alta é impulsionada por casos de dengue e doenças respiratórias.
Atualmente, a situação mais crítica é na Grande Florianópolis, que tem 99,56% de ocupação, com apenas um leito neonatal disponível. Não há leitos de UTI adulto ou pediátrico disponíveis no momento para quem busca os serviços de saúde da capital e das vizinhas São José e Biguaçu, conforme a atualização do painel na noite de segunda-feira (17).
O cenário é semelhante no Oeste do Estado, em que a ocupação é de 98,89% e também há somente um leito de UTI disponível, neste caso, destinado para adultos. Leitos de UTI pediátrica e neonatal da região estão lotados.
A região do Planalto Norte e Nordeste aparece na sequência, com 97,66% de ocupação. Nos hospitais nesta área de abrangência, há sete vagas disponíveis, sendo duas de UTI adulto e cinco de UTI neonatal. Também não há vagas de UTI pediátrica.
O Meio-Oeste e Serra tem ocupação de 97,35% no momento, com cinco leitos disponíveis. São quatro de UTI adulto, um de UTI pediátrica e nenhum de UTI neonatal.
A ocupação dos leitos no Vale do Itajaí está em 95,15%, com 13 leitos disponíveis. Destes, dois são pediátricos e 11 são leitos de UTI neonatal. Não há leitos de UTI adulto disponíveis na região, segundo a última atualização.
Na região da Foz do Rio Itajaí, a taxa de ocupação atinge 92,08% no momento, e há oito leitos disponíveis: seis adultos e dois pediátricos. Os leitos de UTI neonatal estão lotados nos hospitais da localidade.
No Sul do Estado, a ocupação dos leitos de UTI está em 83%, com 34 leitos disponíveis ao todo. São 19 leitos de UTI adulto, cinco leitos de UTI neonatal e dez leitos de UTI pediátrico.
O que diz a Secretaria de Estado da Saúde
Procurada, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) reforçou, em nota, o avanço de doenças respiratórias e da dengue, aliadas a baixa procura por vacinas disponíveis para essas mesmas enfermidades. Além disso, destacou o sistema de regulação e a abertura de novos leitos no Estado. Confira na íntegra:“A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que, diante do momento sazonal, o aumento nos casos de doenças infecciosas virais identificadas como a dengue e as doenças respiratórias vem refletindo na busca por atendimentos no sistema de saúde do Estado, abrangendo todas as regiões. Cabe ressaltar que a vacina contra a gripe está disponível para a aplicação nos grupos elegíveis e a da dengue para regiões específicas, no entanto, tem-se observado uma baixa procura pelos imunizantes.
O sistema hospitalar público de Santa Catarina funciona em forma de rede. Quando não há vaga em um hospital, busca-se leito, via Regulação, em outros hospitais, primeiro na região e depois fora dela.
O Governo do Estado tem investido de forma permanente na saúde, um trabalho que vem ocorrendo desde o início da gestão. Desde 2023, já foram abertos 183 novos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), entre neonatais (53), pediátricos (50) e adultos (80). Os leitos estão distribuídos nas diversas regiões do Estado. Sendo que 10 leitos adultos foram abertos nesta segunda-feira,17, no Hospital Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí. O Governo segue atuando para abrir mais leitos.
Essa ampliação da rede vem garantindo o atendimento de todos os pacientes. Ainda, caso não haja disponibilidade no leito SUS, será realizada a compra de leito privado. Importante destacar que desde 2023 mais quatro hospitais da rede privada passaram a realizar atendimentos pelo SUS.
Ressalta-se que na manhã desta terça-feira, 18 de junho, o Painel de Leitos de UTI indica que há, no Estado, 64 leitos de UTI disponíveis, sendo 30 adultos, 11 neonatais e 23 pediátricos. A média geral de ocupação dos leitos é de 95%. Vale ressaltar que esses números estão sujeitos a variações constantes.
Os hospitais da Secretaria de Estado da Saúde são centros de referência para procedimentos de alta complexidade e oferecem acesso porta aberta a todas as especialidades médicas. Consequentemente, é comum que as UTIs tenham uma taxa de ocupação geralmente superior a 80% nos hospitais de grande porte. As unidades possuem capacidade instalada para operar neste modelo.
Lembrando sempre a importância das vacinas, que estão disponíveis para os grupos prioritários, e as metas de vacinação ainda não foram alcançadas. Neste sentido, reforçamos a importância de manter a caderneta de vacinação em dia para prevenir os casos graves das doenças.”