A taxa fica em torno de 6,79% ao ano, segundo pesquisa do economista Jason Vieira e divulgada na plataforma MoneYou. O país fica atrás da Rússia, com juros reais de 8,91%.
O cálculo considera tanto a inflação quanto os juros futuros, estimados pelo mercado para 12 meses à frente, já que é a tendência futura dessas duas variáveis o que realmente influencia tanto o andamento da economia quanto as decisões BC para a Selic.
Para a taxa brasileira, a metodologia usou a inflação projetada para os próximos 12 meses pelo mercado e coletada pelo Boletim Focus, que é de 3,96%. Também foi considerada a taxa de juros DI a mercado dos aproximados próximos 12 meses no vencimento mais líquido (Jun 25).
O Copom manteve os juros no atual patamar de 10,5% ao ano, conforme publicado nesta quarta-feira (19), encerrando o ciclo de queda da Selic iniciado em agosto do ano passado, quando a taxa estava em 13,75%.
Segundo comunicado, a decisão foi unânime entre os nove membros do colegiado.
Segundo o BC, a decisão foi tomada diante do cenário doméstico apresentando resiliência nas atividades, elevação das projeções para a inflação e expectativas desancoradas. Na cena global, o colegiado destacou o clima de incerteza.
Foi a primeira vez após sete reuniões que o colegiado não altera os juros. A decisão deixa a taxa básica no menor patamar desde o final de 2021.
A decisão confirmou as apostas do mercado para a interrupção do ciclo de queda de juros em meio um cenário de desancoragem das expectativas da inflação desde o último encontro do Copom, em maio.