A arrecadação de impostos e contribuições federais atingiu R$ 202,9 bilhões em maio. O valor é o maior da série histórica iniciada em 1995 e representa um aumento real de 10,46% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando a arrecadação somou R$ 183,7 bilhões (valor corrigido pela inflação). Os dados foram divulgados nesta terça-feira (25) pela Receita Federal.
Sem correção inflacionária, a arrecadação teve alta de 14,8% em maio. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, o valor alcançado foi de R$ 1,09 trilhão, um acréscimo real de 8,72% na comparação com o intervalo de janeiro a maio do ano passado.
No mês, a arrecadação administrada pela Receita Federal atingiu R$ 196,68 bilhões, o que corresponde a uma alta real de 10,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Já as receitas administradas por outros órgãos totalizaram R$ 6,3 bilhões, com crescimento real de 12,6% em relação a maio de 2023.
“O acréscimo observado no período pode ser explicado pelo comportamento das variáveis macroeconômicas, pelo retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, pela tributação dos fundos exclusivos e pela atualização de bens e direitos no exterior, e pela calamidade ocorrida no Rio Grande do Sul”, informou a Receita Federal.
Segundo o órgão, a calamidade no Rio Grande do Sul gerou uma perda de arrecadação de R$ 4,4 bilhões em maio.
A Receita detalhou que alguns impostos contribuíram para a alta da arrecadação federal em maio. Veja abaixo os destaques:
• O IRPF apresentou uma arrecadação de R$ 23 bilhões, com crescimento real de 44,82% em relação a maio de 2023. Esse resultado pode ser explicado, principalmente, pelos R$ 7,2 bilhões arrecadados pela atualização de bens e direitos no exterior, conforme disposto na Lei 14.754/23.
• O PIS/Pasep e a Cofins totalizaram uma arrecadação de R$ 40,5 bilhões, representando crescimento real de 11,74% na comparação com maio do ano passado. Esse desempenho é explicado pelo aumento de 4,9% no volume de venda e de 5,6% no volume de serviços entre abril de 2024 e abril de 2023, pelo acréscimo da arrecadação relativa ao setor de combustíveis e pela exclusão do ICMS da base de cálculo dos créditos dessas contribuições.
• O IRRF – Trabalho apresentou uma arrecadação de R$ 16,8 bilhões, com crescimento real de 12,58% sobre o resultado de maio do último ano. Esse resultado se deve aos acréscimos reais na arrecadação dos seguintes itens: “Rendimentos do Trabalho Assalariado” (11,4%), “Aposentadoria do Regime Geral ou do Servidor Público” (29,9%), e “Participação nos Lucros ou Resultados - PLR” (15,9%).