ALERTA - 24/08/2024 13:18

De quedas a engasgos: acidentes domésticos provocam 9,3 mil mortes

Segundo dados do Ministério da Saúde, média de 25 pessoas por dia morreram por conta de acidentes domésticos no ano passado
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Uma média de 25 pessoas por dia morreram em acidentes domésticos no Brasil em 2023. Ao todo, foram 9,3 mil casos de mortes, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

O número preliminar mostra uma redução em relação a 2022, mas ainda assim o ano passado teve o segundo maior número de registros dos últimos dez anos.

As principais causas, segundo o Ministério da Saúde, são as quedas do mesmo nível, com tropeços, ou passo em falso, que totalizaram 5 mil casos.

Logo após, aparecem mortes causadas por engasgo, 764 casos, quedas de escadas, de degraus ou para fora de edifícios, 568 casos, ingestão de conteúdo gástrico, 366, e choque elétrico, com 346 casos.

De acordo com o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, com algumas ações básicas de primeiros socorros é possível minimizar os riscos e agir com eficácia durante as emergências.

“As quedas são uma das causas mais frequentes de acidentes domésticos, especialmente entre idosos e crianças. Crianças por estarem em fase de exploração, e idosos, devido à fragilidade física e dificuldade de mobilidade”, explica o Corpo de Bombeiros.

Orientação do Corpo de Bombeiros para evitar acidentes domésticos

A corporação orienta que o ideal é sempre manter o piso seco, livre de obstáculos que possam causar tropeços como objetos de decoração, fios, tapetes e brinquedos.

O ambiente deve ainda ter uma boa iluminação e a pessoa deve optar por calçados com sola antiderrapante, instalar barras de apoio em banheiros, escadas e passagens de desníveis, principalmente se convive com pessoas idosas.

A geriatra e coordenadora de Geriatria do Hospital Santa Lúcia e , de Brasília acrescenta que é importante usar calçados fechados. “O segundo ponto é sempre tirar os tapetes de casa. Se tem, por exemplo, piso de cerâmica ou granito, ver se o ambiente está seco antes de pisar nele, porque temos alto risco de deslizamento quando há água no local”, explica.

Além das barras de adaptação, a médica alerta: “evite subir em banquinho ou cadeira”. “Tente pedir para outra pessoa fazer isso. Quando alguém sobe no banquinho, há o risco de instabilizar a posição. Realmente, a maioria dos acidentes é dentro de casa. É importante também sempre conversar com o idoso para ele usar os mecanismos adaptativos se necessários, como bengala ou o andador”, pontua.

Cuidado ao avaliar a gravidade de lesões das vítimas

Em casos de quedas, o Corpo de Bombeiros orienta avaliar a gravidade das lesões da vítima. “Não faça nenhuma movimentação com a pessoa se houver suspeita de lesão na coluna vertebral, mantenha-a imóvel, segura e, se o idoso estiver consciente, o oriente para que não se mova até a chegada do socorro. Caso esteja inconsciente e não respire, inicie a reanimação cardiopulmonar imediatamente e solicite ajuda pelo 193″, informou a corporação.


Fonte: ND+
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