
Um temporal que atingiu a cidade de Bahía Blanca, na província de Buenos Aires, na Argentina, já deixou 16 mortos, além de estragos e 100 desaparecidos, segundo atualizações desta segunda-feira (10). A tragédia, considerada “histórica”, fez ruas virarem rios e deixou prejuízos milionários.
Aulas foram suspensas e o transporte público interrompido por conta da chuva intensa. Vias de acesso à cidade foram destruídas e mais de mil pessoas estão desabrigadas. Ainda, serviços como hospitais foram afetados.
Foram registrados 300 milímetros de chuva em cinco horas, segundo o serviço meteorológico argentino, número recorde para o mês de março na cidade. O prefeito, Federico Susbielles, falou que a cidade ficou “submersa”.
Dez abrigos foram ativados e recebem as cerca de mil pessoas desabrigadas pelo fenômeno. Equipes atuam na remoção dos escombros e reconstrução da cidade de 350 mil habitantes, a 600 quilômetros de distância da capital argentina. Há um metro e meio de lama em algumas partes da cidade, conforme relatou o ministro da Segurança de Buenos Aires, Javier Alonso, nesta segunda-feira.
A expectativa era que cerca de 200 bombeiros chegassem a Bahía Blanca nesta segunda-feira, além de quase 800 policiais, já que há temores de saques. São estimados danos de cerca de 400 milhões de dólares (R$ 2,30 bilhões), segundo um balanço preliminar.
Foi autorizada uma ajuda extraordinária de 10 bilhões de pesos (R$ 53 milhões) do governo argentino para a província de Buenos Aires, onde fica Bahía Blanca.
O presidente da Argentina, Javier Milei, não visitou a região, mas lamentou o ocorrido na rede social X.