O laudo cadavérico solicitado pelo Ministério Público de Santa
Catarina (MPSC) em caráter de urgência para saber se a bebê de Correia Pinto
poderia estar viva no velório foi concluído, e a Polícia Científica descartou a
possibilidade de ela ter apresentado sinais vitais reais durante a cerimônia. A
perícia confirmou que ela morreu por volta das 3 horas da manhã de sábado (19),
conforme consta no atestado de óbito emitido pelo hospital.
O
documento é sigiloso por se tratar de uma criança, mas o médico legista aponta
diversas razões possíveis para a percepção de calor e leituras de pulso e
saturação no oxímetro durante o velório.
Agora,
o MPSC aguarda a conclusão do laudo anatomopatológico para saber a causa da
morte e se houve negligência no primeiro atendimento médico, realizado na
quinta-feira (17/10), ou em alguma outra etapa do processo. Esse laudo deve ser
entregue em até 30 dias. O Promotor de Justiça da comarca, Marcus Vinícius dos
Santos, afirma que "o Ministério Público continuará acompanhando a
investigação para verificar se houve irregularidades".
Entenda
o caso
Familiares
de uma bebê de oito meses, que faleceu no último sábado (19/10), em Correia
Pinto, disseram ter visto ela mexer os braços e as mãos durante o velório. Um
farmacêutico, o Conselho Tutelar e o Corpo de Bombeiros foram chamados e teriam
constatado que a criança apresentava saturação e batimentos cardíacos fracos,
além de pupilas contraídas e não reagentes e arroxeamento em algumas partes do
corpo. Ela foi levada novamente para o hospital, que realizou um
eletrocardiograma e confirmou o óbito.
O
Promotor de Justiça Marcus Vinícius dos Santos foi informado pelo Conselho
Tutelar e, imediatamente, expediu ofício requisitando que a delegada de plantão
e a Polícia Científica iniciassem diligências para apurar as circunstâncias da
morte da criança, priorizando a realização de exame cadavérico para determinar
o horário e as causas do óbito, além de requisitar o prontuário médico da
criança e a oitiva do médico, dos pais e de testemunhas, sobretudo dos
bombeiros e das conselheiras tutelares que atenderam o caso. Solicitou-se,
ainda, que a autoridade policial informe as providências adotadas após o
conhecimento dos fatos para acompanhamento da investigação pelo MPSC.
A
bebê foi sepultada no domingo (21).