Nesta sexta-feira (15), o presidente da Federação das
Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL/SC), Onildo Dalbosco
Júnior, participou do programa Atualidades, onde abordou dois temas de grande
relevância: a Campanha Estadual de Recuperação de Crédito e a Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) que visa reduzir a jornada semanal de trabalho de
44 para 36 horas.
Campanha de Recuperação de Crédito
A campanha, realizada com o apoio do Procon/SC e do SPC
Brasil, ocorre entre 20 de novembro e 10 de dezembro. Durante o período,
consumidores com o nome negativado poderão renegociar suas dívidas
presencialmente nas CDLs de suas cidades ou pelo site www.negociardivida.com.br.
Dalbosco Júnior destacou que a ação oferece condições
especiais para quitar débitos, permitindo que os consumidores voltem a ter
crédito e iniciem 2025 de maneira mais tranquila. “Essa é uma grande
oportunidade para as entidades e os consumidores resgatarem o crédito no
comércio e começarem o próximo ano no azul”, enfatizou.
De acordo com dados do SPC Brasil, mais de 67 milhões de
brasileiros estão inadimplentes, o que representa cerca de 41% da população
adulta. A dívida média de cada consumidor é de R$ 4.397,00.
PEC sobre a redução da jornada semanal
Sobre a proposta de redução da jornada de trabalho, o
presidente da FCDL/SC demonstrou preocupação e classificou a medida como uma
ameaça à sustentabilidade das empresas. Segundo ele, a redução das 44 para 36
horas semanais afetaria negativamente a produtividade e aumentaria os custos
operacionais, em um cenário já desafiador para os empresários.
“É suprema ingenuidade supor que o empresário conseguirá
manter a remuneração do trabalhador com uma carga horária reduzida no canetaço,
ao mesmo tempo em que enfrenta uma série de desafios, como falta de mão de obra
qualificada, altos encargos trabalhistas e judicialização das relações de
trabalho”, afirmou.
Dalbosco Júnior também ressaltou que a realidade brasileira
é muito diferente de países desenvolvidos, como os escandinavos, onde escalas
reduzidas são viáveis devido a investimentos massivos em educação e estrutura
social. Ele alertou que a PEC pode gerar mais insegurança jurídica e prejudicar
tanto empresas quanto trabalhadores.
“Espera-se que o Poder Legislativo proponha medidas que
realmente melhorem a produtividade e a qualidade de vida, sem agravar os
problemas já enfrentados por quem gera empregos e renda no Brasil”, concluiu.
A FCDL/SC segue acompanhando de perto os desdobramentos da
PEC e reforça a importância de ações que incentivem o desenvolvimento econômico
de maneira sustentável.