Luto no tradicionalismo - 12/01/2025 08:38

Gildinho, fundador dos Monarcas e nome histórico da música gaúcha, morre aos 82 anos

Morte foi registrada às 17h15min deste sábado; artista lutava contra câncer havia duas décadas, quando descobriu um tumor na tireoide
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Nésio Alves Corrêa, o Gildinho, morreu aos 82 ano Diogo Sallaberry / Agencia RBS

O Rio Grande do Sul perdeu neste sábado (11) um de seus maiores artistas, Nésio Alves Corrêa, o Gildinho. Ele morreu aos 82 anos, a uma semana de completar 83 anos, vítima de câncer.

O artista fundador do grupo Os Monarcas lutava contra o câncer havia duas décadas, quando descobriu um tumor na tireoide. Entre curas e retornos dos tumores, seguia nos palcos com a banda que fundara em 1972.

No último dia 20 de novembro, foi internado no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, com sangramentos e dores ósseas. Durante a internação, os médicos descobriram também um tumor na próstata.

A morte foi registrada às 17h15min deste sábado. Sob a liderança do "taura da moda antiga", Os Monarcas  gravaram 50 discos e receberam 10 de ouro, tendo sido premiado nacionalmente, com o extinto Prêmio Sharp, e quatro vezes com o Prêmio Açorianos.

Gildinho também foi patrono da Semana Farroupilha, recebeu o Troféu Guri, do Grupo RBS, e a Medalha do Mérito Farroupilha da Assembleia Legislativa.

— Ele já não conseguia se expressar, mas fazia um esforço para cantar, o tempo todo. Ele fazia movimentos com as mãos como se estivesse com a gaita e olhava pra gente. Foi algo que me marcou muito. Foi um guerreiro, enfrentou tudo com bravura — lamenta a filha Sandra Márcia Borges Corrêa.

O velório deve acontecer neste domingo (12), no CTG Sentinela da Querência, em Erechim.

Em nota publicada no perfil oficial do grupo no Instagram, Os Monarcas lamentou a perda do seu fundador:
"É com grande pesar que informamos o Falecimento de nosso Fundador NÉSIO ALVES CORRÊA, GILDINHO como foi imortalizado à frente do Conjunto Os Monarcas. Fica a saudade, fica a lembrança… Permanece a Alegria e o Legado deixado por seus ensinamentos e seu carisma!", diz o texto.

A história de Os Monarcas teve início antes mesmo de sua fundação como grupo, como é muito comum no meio musical. Em 1967, a banda começou a tomar corpo, com a dupla formada pelos irmãos Nesio Alves Corrêa, conhecido como Gildinho, e Francisco Alves Corrêa, o Chiquito.

Em 1972, o nome da dupla passou a ser Os Monarcas e, em 1974, gravaram o primeiro LP: Galpão em Festa. Em 1976, o grupo cresceu, recebendo os músicos João Argenir dos Santos, Luiz Carlos Lanfredi e Nelson Falkembach. Com esta formação, deram início a uma trajetória de sucessos.

Mais tarde, uniram-se ao grupo o vocalista Ivan Vargas e Leonir Vargas, com a saída de Chiquito, que fundou o grupo Chiquito e Bordoneio.

O conjunto cresceu no sucesso e no tamanho em 1992, com a chegada de Francisco de Assis Brasil, o Chico Brasil, premiado instrumentista de gaita-ponto. Em 1999, recebeu também o percussionista Vanclei da Rocha.

Dona de uma das carreiras de maior longevidade da música regional do Estado, a banda fez shows por todo o território nacional. Um dos mais emblemáticos álbuns é Identidade Monarca, lançado em 2018, que recebeu o prêmio de melhor disco da música regional naquele ano.

Fonte: Gaúcha ZH
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