A maior atividade econômica catarinense em 2024 resultou em mais oportunidades de trabalho formal. O estado encerrou o ano com 106.392 novos empregos, um aumento de 71% em relação ao ano anterior, quando o saldo positivo foi de 62.217. Em dezembro, mês que tradicionalmente registra redução de vagas, Santa Catarina perdeu 43.017 postos de trabalho. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pela coluna de Estela Bennetti do NSC, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e informações do Ministério do Trabalho.
O Brasil encerrou 2024 com 1.693.673 novas vagas formais, um crescimento de 16,5% em comparação a 2023, quando o saldo foi de 1.454.124 contratações. No último mês do ano, o país registrou a perda de 535.547 empregos. Do total de vagas geradas no país, 16,5% foram contratos não típicos, incluindo 150.341 de 30 horas semanais e 87.359 de intermitentes.
Santa Catarina ficou na quinta posição entre os estados que mais criaram vagas em 2024, com 106,4 mil empregos. O ranking foi liderado por São Paulo (459,4 mil), seguido por Rio de Janeiro (145,2 mil), Minas Gerais (139,5 mil) e Paraná (128 mil). Considerando o tamanho da população e do PIB, o estado teve desempenho acima da média nacional.
No estado, o setor de serviços liderou com saldo positivo de 55.180 novos empregos, seguido pela indústria com 24.974 vagas, o comércio com 20.022 postos e a agropecuária, que teve saldo positivo de 76 vagas. Em 2024, foram registradas 1.683.275 admissões e 1.576.883 desligamentos.
Entre os municípios, Joinville liderou a geração de empregos com 10.542 novas vagas, seguido por Itajaí (10.524) e Florianópolis (9.871). Outras cidades que se destacaram foram Chapecó (5.172), Blumenau (3.812), Criciúma (1.869) e Lages (1.509). Jaraguá do Sul, Balneário Camboriú, Brusque e Tubarão também registraram bons números de contratações.
Em dezembro, dos 43.017 postos fechados, a indústria liderou as perdas com -18.565, seguida pelos serviços (-14.653), construção civil (-5.772), agropecuária (-2.428) e comércio (-1.599). O período é marcado pela demissão de trabalhadores temporários e redução de equipes para o início do novo ano.
A projeção para 2025 é de menor crescimento econômico devido aos altos juros e à inflação, impactando a expansão do mercado de trabalho.