De fato, as temperaturas nas cidades catarinenses têm apresentado um aumento de cerca de 5°C acima da média para esse período do ano. Esse calor intenso, com indicadores além do esperado, já se estende por mais de cinco dias, o que classifica o fenômeno como “onda de calor”.
Foi no Natal de 2012 que a cidade de Criciúma ferveu com 43,84°C , segundo dados da Epagri/Ciram. A temperatura é a maior registrada desde a instalação das estações meteorológicas da instituição nas cidades catarinenses, que realizam a medição automática das temperaturas.
Porém, antes disso, a medição das temperaturas também era feita, de forma mais rudimentar. Com grandes termômetros de mercúrio, semelhantes ao que eram usados para se medir uma febre, o registro era feito indo até o local e usando o dispositivo convencional para aferir qual era a temperatura, explica a meteorologia da Epagri/Ciram.
Nesse período, um outro recorde, ainda maior, foi registrado: 44,6°C, no dia 6 de janeiro de 1963, na cidade de Orleans. O município, também no Sul do Estado, fica a cerca de 40 quilômetros de distância de Criciúma.
Onda de calor em SC
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um primeiro alerta de perigo para a onda de calor a partir de sábado (8), que foi seguido de outros alertas por parte do órgão e da Defesa Civil Estadual. O Samu de SC chegou a alertar para o risco do “golpe de calor”, condição grave que pode levar a complicações sérias e até a morte.
Entre o final de semana e o início dessa semana, as temperaturas ficaram cada vez mais elevadas, chegando perto dos 40°C nos primeiros dias e ultrapassando essa marca nessa terça-feira (11). Ao menos quatro cidades tiveram registros acima dos 40°C, de acordo com a Defesa Civil, sendo a cidade de Meleiro a com a situação mais crítica, com 41,1°C.