FLORIANÓPOLIS - 25/02/2025 10:41

Estagiária da Justiça Federal é presa por vazamento de informações para beneficiar facção em SC

Universitária, de 23 anos, estava no 8º semestre de direito em uma universidade privada; outras cinco pessoas já foram presas por envolvimento no esquema
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Estagiária da Justiça Federal estava no 8º semestre de direito – Foto: PCSC/

Seis meses após prender uma estudante de direito por facilitar a fuga de alvos de uma operação policial, a Polícia Civil de Santa Catarina capturou, nesta terça-feira (25), mais uma envolvida no esquema. Desta vez, uma estagiária da Justiça Federal foi presa por ter acessado o sistema federal, ao menos três vezes, e repassado informações para membros de uma facção criminosa.

A investigada foi detida, temporariamente, no bairro Ingleses, no Norte de Florianópolis. Os agentes da Draco (Delegacia de Repressão ao Crime Organizado) também apreenderam dois computadores e dois aparelhos celulares, que serão periciados para auxiliar no decorrer das investigações.

Segundo a investigação, a universitária acessou, indevidamente, processos sigilosos de, pelo menos, três delegacias especializadas em investigações do tráfico de drogas e organizações criminosas. Os casos envolviam criminosos associados à facções criminosas.

Conforme informado pela Polícia Civil, a estagiária da Justiça Federal foi identificada a partir de decumentos e equipamentos eletrônicos localizados na posse de outra investigada, presa em agosto de 2024. Elas teriam se conhecido quando ambas foram estagiárias da Justiça estadual.

A estagiária da Justiça Federal, de 23 anos, deve responder por associação ao tráfico, organização criminosa e violação de sigilo funcional. A reportagem do ND Mais entrou em contato com a Justiça Federal para um posicionamento, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto.

Relembre o caso

Em agosto de 2024, polícia civil descobriu que uma universitária, que fez estágio em uma vara da família de Florianópolis, vazou informações sigilosas para criminosos. Os investigados pertencem a uma facção criminosa com atuação em Florianópolis e eram alvos da Operação Tio Patinhas, em combate ao tráfico de drogas.

À época, foram expedidas 72 ordens judiciais, entre mandados de busca e apreensão, e sequestro de bens. Contudo, a ação da estudante frustrou boa parte da ofensiva.

A quebra de sigilo de dados foi solicitada e identificou que a estagiária da Vara da Família de Santa Catarina acessou documentos da Operação Tio Patinhas inúmeras vezes. Ela teria repassado informações para os suspeitos, que conseguiram fugir.

As investigações apontam que a universitária da Vara de Família teve ajuda para ingressar no banco de dados e coletar as informações sigilosas. É possível que advogados, vinculados aos alvos da operação, tenham participação no vazamento das informações.

Fonte: ND+
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