O desemprego no Brasil ficou em 6,5% no trimestre de novembro de 2024 a janeiro de 2025, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa um aumento de 0,3 p. p (ponto percentual) em comparação ao trimestre anterior, onde a taxa de desocupação chegou a 6,2%.
Ainda de acordo com os dados, ao todo, 7,2 milhões de pessoas estavam desocupadas no país entre novembro de 2024 e janeiro de 2025, um aumento de 364 mil pessoas sem emprego em relação ao último trimestre avaliado, que vai de agosto a outubro de 2024.
Quando comparada a taxa do mesmo trimestre do ano anterior, de novembro de 2023 a janeiro de 2024, houve uma queda de 1,1 p. p. Já ao comparar os números absolutos do mesmo trimestre do ano anterior, a diminuição foi de 13,1%, já que, naquele período, havia 8,3 milhões de pessoas desocupadas no Brasil.
A pesquisa leva em consideração pessoas de 14 anos ou mais, que já estão em idade para trabalhar.
Pessoas ocupadas
Cerca de 103 milhões de pessoas estavam ocupadas no trimestre avaliado, uma redução de 0,6%, em relação ao período anterior. Já quando comparado ao trimestre entre 2023 e 2024, houve um aumento de 2,4%.O nível de ocupação no período mais recente avaliado ficou em 58,2%, o que significa uma queda de 0,5 p. p., quando 58,7% da população estava ocupada no Brasil. Em comparação ao trimestre do ano anterior, houve um aumento de 0,9 p. p.
Taxa de participação
O percentual de pessoas da força de trabalho na população em idade de trabalhar, chamado de taxa de participação, variou negativamente para 62,3% em relação ao trimestre anterior.População empregada no setor privado com carteira assinada
São cerca de 39,3 milhões de pessoas empregadas no setor privado com carteira de trabalho assinada, incluindo trabalhadores domésticos. O número representa uma estabilidade em relação ao trimestre anterior e um aumento de 3,6% quando comparado ao trimestre de novembro de 2023 a janeiro de 2024.Já aqueles que estão no setor privado, mas não possuem a carteira de trabalho assinada, representam 13,9% da categoria, com uma redução de 553 mil pessoas. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, foi registrado um aumento de 3,2%.
No Brasil, eram 5,8 milhões de pessoas no ramo de trabalho doméstico, uma redução de 2,4% para o trimestre de agosto a outubro de 2024.
População no setor público
Ao todo, 12,5 milhões de pessoas estão empregados no setor público, incluindo servidores estatutários e militares. Houve uma queda de 2,8% em relação ao trimestre anterior, mas um aumento de 2,9% ao comparar com o mesmo trimestre do ano de 2023 e 2024.Autônomos
Aqueles que trabalham por conta própria formam uma categoria com 25,8 milhões de pessoas. O número representa uma estabilidade em comparação com o trimestre anterior e com o mesmo período analisado no ano passado.Continua depois da publicidade
Força de trabalho subutilizada
As pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força detrabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada, representam 15,5% da análise no trimestre, com estabilidade em relação ao trimestre anterior.
Já em relação ao trimestre de novembro de 2023 a janeiro de 2024, houve uma queda de 2 p. p.
Pessoas fora da força de trabalho
As pessoas que estão fora da força de trabalho no Brasil somam 66,8 milhões. Houve um aumento de 640 mil pessoas nesta situação em relação ao trimestre anterior.
Aqueles que estão na força de trabalho potencial, ou seja, possuíam um potencial de se transformarem em força de trabalho, representam 6,2 milhões de pessoas. Já as pessoas desalentadas, aquelas que não haviam realizado busca efetiva por trabalho por diversos motivos específicos, mas que gostariam de ter um trabalho e estavam disponíveis para trabalhar, eram 3,2 milhões de pessoas.