
Santa Catarina já registrou 7.124 casos prováveis de dengue em 2025, o equivalente a cerca de 104 casos por dia, de acordo com dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) do Estado até 10 de março. São considerados prováveis os casos confirmados, inconclusivos e suspeitos.
Em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 54.020 casos prováveis,
observa-se uma queda de 86,8%. Na ocasião, Santa Catarina vivia um surto de dengue.
Até agora, foram registrados dois óbitos. O primeiro foi em Nova Itaberaba, de um idoso de 77 anos, em 21 de fevereiro. O outro ocorreu em Itapoá, de uma idosa de 71 anos, no dia 25 de fevereiro.
Foram identificados 19.695 focos do mosquito Aedes aegypti em 231 municípios de Santa Catarina. Dos 295 municípios catarinenses, 178 são considerados infestados pelo vetor.
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As cidades com o maior número de casos são Florianópolis e Itajaí. A maior incidência da doença é em Itajaí, onde foram registrados 385 casos a cada 100 mil habitantes. Depois, vem Cordilheira Alta, no Oeste, e em seguida a Capital.
Maiores incidências de dengue em SC
- Itajaí -385 casos a cada 100 mil habitantes
- Cordilheira Alta – 380 casos a cada 100 mil habitantes
- Florianópolis – 361 casos a cada 100 mil habitantes
- Balneário Barra do Sul – 316 casos a cada 100 mil habitantes
- Barra Bonita – 311 casos a cada 100 mil habitantes
- Itapoá – 296 casos a cada 100 mil habitantes
- Ermo – 220 casos a cada 100 mil habitantes
- Araquari – 207 casos a cada 100 mil habitantes
- Lajeado Grande – 178 casos a cada 100 mil habitantes
- São Miguel do Oeste – 168 casos a cada 100 mil habitantes
A redução segue tendência nacional, e reflete medidas adotadas para combater a doença. O diretor da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC), João Augusto Fuck, explica que a redução do número de casos em comparação com o ano anterior pode estar relacionada com uma antecipação dos casos em 2024, e reforça que o pico da doença ainda não chegou.
— Comparando ao ano de 2024 existe uma redução no número de casos. Entretanto, em 2024 ocorreu uma antecipação da transmissão, o que pode estar gerando essa diminuição. Apesar desta redução, estamos vendo um aumento de casos nas últimas semanas, comparado às primeiras semanas do ano, mostrando que pode ocorrer um aceleração da transmissão da dengue no Estado nas próximas semanas — avalia.
— Historicamente, com exceção de 2024, os picos de transmissão no Estado ocorrem entre abril e maio. Assim, qualquer análise sobre redução ainda é preliminar, e pode se modificar nas próximas semanas dependendo da transmissão da doença — afirma Fuck.