
A Secretaria da Saúde (SES) de Santa Catarina está atenta à alta nos casos de doenças respiratórias na população infantil e segue realizando ações para conter o avanço das Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) no estado. Bronquiolite, pneumonia, gripe, resfriado, asma e outras infecções estão se espalhando rapidamente, lotando emergências e causando internações.
Os hospitais infantis Joana de Gusmão (HIJG), em Florianópolis, e Jeser Amarante Faria, em Joinville, têm registrado grande procura por atendimento nas emergências. De 1º a 22 de abril, foram internados 222 pacientes nos leitos de enfermaria e 64 nos leitos de UTI nessas unidades.
“O inverno ainda não chegou e já estamos com um aumento expressivo do número de casos respiratórios graves em todo o estado, em especial no Hospital Infantil Joana de Gusmão. Nas últimas duas semanas tivemos 199 internações de doenças respiratórias, incluindo o vírus da gripe, influenza A, o vírus sincicial respiratório e o rinovírus. É importante que nessa época do ano, os pacientes já estejam com o calendário de vacinação atualizado. Precisamos que a população entenda a importância da vacina nessa faixa etária, principalmente naquelas crianças menores de um ano. [...] Em casos graves como cansaço para respirar, febre que dura mais de dois ou três dias, falta de ar, procure uma emergência. Nos casos mais leves, procure os postos de saúde”, reforça Flávia Maria Zandavalli, pediatra no HIJG.
Vacina previne casos graves e internações
A SES faz um novo apelo aos pais e responsáveis que levem as crianças de 6 meses a menores de 6 anos às salas de vacina dos municípios para se imunizarem contra a gripe. A Campanha de Vacinação já iniciou para esse grupo prioritário.
A imunização busca reduzir as complicações e internações causadas pelas SRAG durante o outono e inverno, quando os casos de gripe tendem a aumentar, previne os casos graves e também ajuda a diminuir a circulação do vírus.
A mamãe Ariane Gandolfo, leva a filha Sofia, de 8 meses, para tomar todas as vacinas do calendário. “Todas as vacinações, as obrigatórias iniciais, nas campanhas também, não falho nem um mês é fundamental. Com a vacina não quer dizer que ela não vá ficar resfriada, mas é mais leve. As vezes fica mais molinha no dia, mas é só dar mais mamazinho, mais carinho que ela fica forte novamente”, expõe Ariane.
Intensificar medidas de prevenção
Além da vacinação contra a influenza, a etiqueta da tosse ou respiratória é importante para reduzir ou prevenir doenças respiratórias causadas por vírus como a gripe, o resfriado, a Covid-19, entre outras. A transmissão dessas doenças ocorre quando uma pessoa infectada elimina o vírus em forma de aerossóis, gotículas, ao tossir, espirrar, falar ou, até mesmo, ao tocar na boca, nariz e logo depois em algum objeto.
A etiqueta da tosse traz dicas de como evitar que esse agente infeccioso entre em contato com uma pessoa sadia e faça com que ela também adoeça. Confira:
▪ Higienize as mãos com frequência com água e sabão ou álcool em gel;
▪ Utilize lenço descartável para higiene nasal;
▪ Evite tocar os olhos, o nariz e a boca;
▪ Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
▪ Mantenha os ambientes bem ventilados;
▪ Limpe e desinfete superfícies;
▪ Cubra com o antebraço a boca e o nariz ao tossir ou espirrar;
▪ Evite contato próximo com pessoas com sintomas respiratórios;
▪ Evite aglomerações e use máscara em caso de sintomas respiratórios;
▪ Evite contato próximo com outras pessoas caso esteja doente.