
Em sentença proferida pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Chapecó, 38 réus foram condenados por integrarem uma organização criminosa atuante no território catarinense. As penas variam de quatro a seis anos de reclusão, todas a serem cumpridas inicialmente em regime fechado. A ação penal é resultado da terceira fase da operação "Sodalitas Finis", deflagrada no dia 10 de abril de 2024 no oeste catarinense - na oportunidade foram cumpridas ordens judiciais em Chapecó, Xaxim, Xanxerê, Videira, Cunha Porã, Ponte Serrada, Concórdia e Pinhalzinho. A operação foi conduzida pela 2ª Promotoria de Justiça de Chapecó em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO).
O trabalho investigativo teve como base a análise de conversas extraídas de aparelhos celulares apreendidos, que revelaram a estrutura da facção, seu sistema de votação interna e o repasse de informações estratégicas entre detentos.
Conforme apurado, os réus promoveram, constituíram e integraram a organização criminosa de forma estruturada e hierarquizada, com atuação permanente em crimes como tráfico de drogas, comércio de armas de fogo e homicídios. A sentença também reconheceu a existência de conexões dessa organização criminosa com grupos criminosos de outros estados brasileiros.
Desdobramentos da operação
Desde a primeira fase da operação "Sodalitas Finis", foram intensificadas as ações de repressão a essa organização criminosa no estado. A primeira foi deflagrada em 22 de agosto de 2023. Já as fases subsequentes ocorreram em 9 de fevereiro de 2024 (segunda fase), 10 de abril de 2024 (terceira fase) e 6 de fevereiro de 2025 (quarta fase). No total, 172 pessoas foram presas em razão da "Sodalitas Finis".
O nome "Sodalitas Finis", ou "o fim do grupo", foi escolhido em alusão à meta principal da operação: desarticular as atividades da organização criminosa, inicialmente, na cidade de Xaxim e região próxima a Chapecó. A organização é responsável por uma ampla variedade de crimes graves, como tráfico de drogas em larga escala, homicídios e roubos.
O GAECO é uma força-tarefa composta, em Santa Catarina, pelo Ministério Público, pelas Polícias Civil, Militar e Penal, pela Receita Estadual e pelo Corpo de Bombeiros Militar. Sua finalidade é a identificação, prevenção e repressão de organizações criminosas.