
Trinta e oito integrantes de uma facção criminosa que atuava no Oeste de Santa Catarina foram condenados pela Justiça a penas entre quatro e seis anos de prisão, em regime fechado. A decisão foi da 1ª Vara Criminal da Comarca de Chapecó, como resultado da terceira fase da operação Sodalitas Finis.
A ação penal foi conduzida pela 2ª Promotoria de Justiça de Chapecó em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO).
A investigação se baseou em mensagens extraídas de celulares apreendidos, que revelaram detalhes do funcionamento interno da facção. Havia uma estrutura hierarquizada, sistema de votação entre membros e repasse de informações estratégicas entre detentos.
Facção criminosa atuava com tráfico, armas e homicídios
De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), os réus promoveram, constituíram e integraram a facção de forma permanente, com envolvimento direto em crimes graves como tráfico de drogas, comércio ilegal de armas de fogo e homicídios.
A sentença também reconheceu que o grupo mantinha conexões com organizações criminosas de outros Estados do país.
A condenação marca mais um desdobramento da operação Sodalitas Finis, cujo objetivo principal é desarticular a atuação criminosa iniciada em Xaxim e região de Chapecó.
Desde a primeira fase, em agosto de 2023, a operação já resultou na prisão de 172 pessoas. As fases seguintes aconteceram em fevereiro e abril de 2024, com a quarta etapa em fevereiro de 2025.
Além das prisões, a operação já apreendeu uma grande quantidade de drogas — incluindo cocaína, maconha e crack —, mais de R$ 600 mil em dinheiro vivo, armas e munições.
O nome da operação, que em latim significa “o fim do grupo”, reflete o esforço das autoridades para desmantelar uma das maiores organizações criminosas em atividade em Santa Catarina.