Os dados da pasta revelam uma tendência acidental entre os motociclistas, considerado o grupo mais vulnerável no trânsito. Em dois anos, o número de mortes desse público cresceu 23,6%, o maior aumento segundo o levantamento estadual.
Os dados são do Sistemas de Informação da Secretaria de Estado da Saúde, tabulados entre 2020 e 2024. Apesar de haver um avanço nas respostas hospitalares e uma diminuição nas internações no início deste ano, os números consolidados ao longo dos últimos cinco anos evidenciam que o trânsito catarinense está mais letal.
Porcentagem dos óbitos aumentou ao longo de cinco anos
Nesse período, os óbitos aumentaram 11,6%, saltando de 1.356 para 1.513. No ano passado, apenas os motociclistas representaram mais de 35% dessas mortes, totalizando 534.
Imagens de médicos operando um apessoa, para fazer referência as entradas nos hospitais devidos a acidentes de trânsito
“O aumento da gravidade dos sinistros indica a necessidade de fortalecer a prevenção, desde ações de fiscalização e educação até a resposta pré-hospitalar qualificada”, afirma Adriana Elias, chefe de Divisão de Vigilância do Tabagismo e da Violência no Trânsito da SES/SC.
A análise do perfil das vítimas de acidentes com motocicletas reforça esteriótipos atrelados aos veículos. Entre 2020 e 2024, 88% das mortes envolveram homens, principalmente na faixa etária de 18 a 35 anos, justamente o público com maior exposição em deslocamentos diários, seja a trabalho ou lazer.

Entre todos os fatores associados à letalidade no trânsito, em maioria, estão:
Principais rodovias de risco
A capital lidera o ranking de acidentes em áreas urbanas, com mais de 20 mil ocorrências em 2024. Já nas rodovias federais, as BR-101, BR-470 e BR-282 figuram entre as rotas com maior concentração de sinistros fatais, especialmente aqueles envolvendo motos.
No ano de 2024, os custos com internações hospitalares associado aos acidentes com motociclistas ultrapassam R$ 10,9 milhões, com média de R$ 2,1 mil por caso.

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