O comércio varejista brasileiro espera movimentar R$ 2,75 bilhões no Dia dos Namorados deste ano, segundo projeção da Confederação Nacional do Comércio (CNC). O valor representa crescimento de 3,2% em relação ao registrado em 2024. O desempenho positivo está relacionado à melhora nos indicadores do mercado de trabalho e ao aumento da renda disponível.
Dados recentes mostram que a taxa de desocupação no país atingiu 7% no primeiro trimestre de 2025, menor patamar já registrado. No mesmo período, o poder de compra da população apresentou elevação de 4% na comparação com o ano anterior.
Vestuário lidera vendas, com participação de 40% no total
A previsão indica que o segmento de vestuário, calçados e acessórios responderá por 40% do faturamento total, com R$ 1,077 bilhão em vendas. Em seguida aparecem utilidades domésticas e eletroeletrônicos, com expectativa de R$ 806 milhões (29% do total), e itens de farmácias, perfumarias e cosméticos, que devem somar R$ 318 milhões (quase 12%). Este último setor apresenta o maior crescimento projetado, de 6,6%.
Inflação impacta produtos de formas diferentes
Alguns produtos tradicionais no Dia dos Namorados apresentam altas significativas nos preços:
- joias e bijuterias (+24,1%)
- chocolates (+22%)
Outros itens registram queda:
- bebidas alcoólicas (-0,3%)
- aparelhos telefônicos (-0,4%)
- flores naturais (-0,6%)
A inflação acumulada em 12 meses até maio ficou em 5,4%, pressionada principalmente por esses produtos sazonais.
O desempenho do varejo neste Dia dos Namorados será influenciado por esses fatores econômicos, com setores específicos apresentando resultados distintos conforme a variação de preços e o perfil de consumo dos brasileiros.