A ex-vereadora Adriana Terezinha Bagestan, suspeita de ter matado o marido com um tiro enquanto ele dormia, revelou aos policiais militares a motivação do crime. O caso ocorreu nesta sexta-feira (20), em Paial, no Oeste de Santa Catarina, e a mulher foi presa em Chapecó, durante a noite.

Ela afirmou sofrer violências psicológicas e físicas por parte do companheiro. Além disso, Adriana contou que era forçada a contrair dívidas que já se aproximavam de R$ 1 milhão.
Ao ser questionada, a mulher teria dito que “não aguentava mais as violências” e que temia ser morta pelo companheiro caso tentasse se separar.
“Confessou que teria praticado o crime e teria jogado arma de fogo no rio, após o fato. Ela informou à Polícia Militar que era vítima de violências psicológicas e diversas violências domésticas, provavelmente ameaças e lesões corporais”, informou o delegado Elder Arruda, responsável pelo caso.
Entenda o crime
O delegado Elder Arruda, responsável pela investigação, detalhou os primeiros passos da apuração e os relatos que chegaram até a polícia ao portal SCC10.
Segundo o delegado, Adriana disparou contra o marido enquanto ele dormia. Após o crime, ela saiu de casa levando os dois filhos do casal, de seis e 12 anos.
De acordo com as informações repassadas à polícia, Adriana foi até a casa da mãe e disse que tinha uma consulta médica. Em seguida, levou a mãe e as crianças até a casa da irmã, ainda em Paial. No local, ela confessou à irmã que havia atirado na cabeça do marido.
Depois disso, a ex-vereadora fugiu em um VW Gol branco, cuja placa não foi identificada. Até a publicação desta reportagem, ela seguia foragida e a arma do crime ainda não foi localizada.
Investigação em andamento
De acordo com o delegado Elder Arruda, familiares da suspeita afirmaram que o relacionamento entre o casal era conturbado e que Sedinei seria um “péssimo marido”. No entanto, não há registros oficiais de violência doméstica ou ocorrências policiais anteriores envolvendo os dois.
“Estamos investigando o caso como homicídio qualificado. Nosso objetivo agora é localizar a suspeita e esclarecer os detalhes sobre o que motivou esse crime”, afirmou Arruda ao SCC10.
A Polícia Civil também apura se havia histórico de conflitos conjugais que possam ter contribuído para o crime.
Quem é a suspeita
Adriana Bagestan foi eleita vereadora por Paial nas eleições de 2020, pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Não exercia mandato atualmente. Morava com o marido e os dois filhos, e era uma figura conhecida na comunidade local.
Até o momento, nenhuma denúncia pública contra Sedinei havia sido registrada.