
O acidente com o balão de turismo, que deixou oito mortos e 13 feridos na manhã deste sábado (21) em Praia Grande, Santa Catarina, acontece seis dias após uma tragédia que também envolveu o balonismo em São Paulo.
Acidente com balão em São Paulo
O desastre em Santa Catarina ocorreu menos de uma semana após a morte de Juliana Alves Prado Pereira, de 27 anos, em Capela do Alto, no interior de São Paulo.

Ela estava grávida e comemorava o Dia dos Namorados com o marido, no último domingo (15), quando o balão caiu, ferindo ainda outras 10 pessoas.
A aeronave operava de forma irregular, com capacidade extrapolada e descumprindo uma interdição. “O voo se deu de forma clandestina”, afirmou a Confederação Brasileira de Balonismo (CBB).
O piloto paulista foi preso em flagrante. Segundo a polícia, ele tinha licença apenas para voos particulares e não poderia operar comercialmente.
A empresa já havia sido proibida de atuar, mas continuava as atividades com outro CNPJ. O caso está sob investigação do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), ligado à Força Aérea Brasileira (FAB).
Histórico de ocorrências com balões turísticos no Brasil
Em 2017, um balão que decolou do centro de balonismo de Iperó (SP) sofreu um princípio de incêndio ainda no ar.O piloto realizou um pouso de emergência no quintal de uma casa. A lona foi severamente danificada, mas o ocupante saiu ileso. O balão, com capacidade para seis passageiros, segue proibido de operar como táxi aéreo, segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB).
Outro caso grave ocorreu em novembro de 2023, em Alto Paraíso de Goiás. Um balão com 16 pessoas a bordo perdeu altura após falha nos queimadores e colidiu contra um paredão de pedras, fazendo um pouso forçado na Serra das Cobras, no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. A aeronave tinha 18 assentos e também está impedida de operar.