
A ex-vereadora Adriana Terezinha Bagestan, de 41 anos, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva neste sábado (21), após ser apontada como principal suspeita de assassinar o marido, Sedinei Wawczinak, de 42 anos, com um tiro na cabeça enquanto ele dormia.
O crime aconteceu na casa da família, em Paial, no Oeste de Santa Catarina, na madrugada de sexta-feira (20).
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A decisão foi assinada pela Justiça de Santa Catarina e mantém Adriana detida enquanto seguem as investigações.
Adriana foi localizada horas após o crime, ainda na sexta-feira, em uma casa na comunidade de Linha Palmital dos Fundos, durante uma ação conjunta do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e do 2º Batalhão da Polícia Militar.
No depoimento à Polícia Civil, a ex-vereadora optou por permanecer em silêncio. No entanto, segundo apuração da NDTV RECORD, ela teria dito a policiais militares que jogou a arma do crime em um rio.
Segundo o ND Mais não foi possível contato com a defesa da vítima, mas o espaço segue aberto para manifestação.
Ex-vereadora teria matado o marido enquanto ele dormia
Conforme o delegado de Polícia Civil, Elder Arruda, responsável pela investigação, o homicídio teria ocorrido entre a madrugada e o início da manhã.
Após efetuar o disparo, Adriana colocou os filhos, de 6 e 12 anos, no carro e levou a mãe até um posto de saúde para exames. Depois, deixou as crianças na casa da irmã, onde teria confessado o crime. Em seguida, fugiu utilizando o próprio carro, deixando o celular para trás.
Possível motivação e relatos de ameaças
Uma das hipóteses levantadas pela polícia é que o crime possa ter sido motivado por desentendimentos familiares. Parentes de Adriana relataram que Sedinei era agressivo com os familiares da ex-vereadora.
“Eles nunca brigavam, ela só trabalhava, não bebia, não saía para festa. Mas ele ameaçava os pais e o irmão dela”, afirmou Gabriel Henrique Plauti, primo de Adriana, ao ND Mais.
Apesar dos relatos, o delegado destacou que não há registros anteriores de violência doméstica ou ameaças formais contra a suspeita.
A irmã da vítima, Inês Wawczinak, afirmou que o casal aparentava ter uma convivência normal e descreveu o irmão como um homem trabalhador, dedicado à lida com o gado. “O crime abalou profundamente a família. Agora, o sentimento é de dor e impunidade”, disse.