
Santa Catarina reduziu em 95% o número de óbitos por dengue em 2025, em comparação com o primeiro semestre de 2024. Os dados foram divulgados pelo Governo do Estado nesta segunda-feira (7), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC). Em 2025, foram registradas 15 mortes, enquanto que no mesmo período do ano passado foram 341.
O número de casos também diminuiu consideravelmente no Estado. De acordo com os dados, foram 27.065 casos prováveis de dengue em 2025. Já em 2024, eram 329.496 casos prováveis de dengue, o que representa uma redução de 91% no primeiro semestre.
A taxa de incidência da doença em Santa Catarina também é a menor do sul do país, com 327,5 casos por 100 mil habitantes. No Rio Grande do Sul, a taxa é de 745, enquanto no Paraná é de 925 por 100 mil habitantes.
Estratégias utilizadas
Segundo o governo estadual, as estratégias utilizadas para a redução nos casos incluem a compra e distribuição de hematócritos, ampliação da vacina e intensificação da campanha de combate à dengue, realizadas desde 2023.
Dessa forma, foi realizado o monitoramento ininterrupto da situação epidemiológica, o aprimoramento do Painel de Monitoramento das Arboviroses, com novas informações para consulta e a ampliação da Estratégia de Vacinação contra a dengue. Ela foi ampliada para adolescentes entre 10 e 16 anos e para as Regiões de Saúde da Foz do Rio Itajaí e Alto Uruguai Catarinense, que envolvem 100 municípios. A Secretaria de Estado da Saúde está em tratativas para ampliar ainda mais.
Além disso, também foram feitas orientações para mobilização nas escolas, de acordo com o governo, com ampliação das campanhas de comunicação e a criação da Câmara Técnica Estadual de Investigação de Óbitos por Zoonoses.
— Os números positivos são resultados das ações que estamos realizando desde 2023 em conjunto com os municípios […] Mesmo com números positivos, vamos seguir trabalhando para diminuir ainda mais os casos e os óbitos que são evitáveis — disse o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi.
Hematócritos rápidos
Durante o período, foram mais de 800 aparelhos de teste rápido adquiridos, com um investimento de R$ 7,9 milhões, enviados a 175 municípios infestados pelo mosquito Aedes aegypti. Para municípios de até 10 mil habitantes, foi enviado um aparelho; para municípios entre 10 mil a 50 mil habitantes, foram enviados três aparelhos; para municípios entre 50 mil a 100 mil habitantes, foram enviados 10 aparelhos.Já para os locais com mais de 100 mil habitantes, o governo enviou 20 aparelhos de testagem. A primeira remessa começou a ser distribuída no dia 15 de janeiro, com 397 aparelhos. No início de fevereiro, o governo distribuiu mais 337 aparelhos, com treinamentos presenciais com a equipe do Hemosc para uso dos equipamentos.
Ações planejadas
Para o próximo semestre, outras ações estão na mira do governo estadual, como a revisão do Plano de Contingência e a atualização das diretrizes estaduais para a Vigilância Epidemiológica e Controle das Arboviroses.O estado pretende, ainda, promover o seminário e capacitações para atualização dos profissionais e troca de experiências; ampliar estratégias e mobilizações para o controle vetorial do mosquito; e disponibilizar material informativo e manter ações de comunicação no estado.