SEGURANÇA - 24/07/2025 09:38 (atualizado em 24/07/2025 09:42)

Golpes disparam, feminicídios batem recorde e violência invade lares no Brasil, revela Anuário

Dados divulgados nesta quinta (24) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública trazem um panorama da segurança no país
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A 19ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (24) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revelou dados alarmantes sobre a criminalidade no Brasil em 2024. O país registrou 2,2 milhões de casos de estelionato — o equivalente a quatro golpes por minuto —, com crescimento de 408% desde 2018. Só em São Paulo foram mais de 800 mil registros. Muitos destes golpes acontecem em redes sociais.

“Estamos diante de uma epidemia de fraudes e golpes, muitos praticados por redes do crime organizado e ainda fora do controle das autoridades”, afirmou Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Apesar da queda de 13,4% nos roubos e furtos de celulares, mais de 917 mil aparelhos foram subtraídos no ano passado.

Violência contra a mulher

A violência contra a mulher também segue uma tendência preocupante. O Brasil atingiu o maior número de feminicídios da série histórica: 1.492 mulheres foram mortas em 2024. As tentativas de feminicídio cresceram 19%, e quase uma em cada cinco medidas protetivas concedidas foi desrespeitada.

“A violência está avançando sobre espaços que antes pareciam protegidos, como a casa e a família. Os números mostram que muitas mulheres continuam vivendo sob risco constante”, alertou Lima.

A violência contra crianças e adolescentes também cresceu. O número de mortes intencionais na faixa de 0 a 17 anos aumentou 3,7%, com alta expressiva na letalidade policial entre adolescentes.

Embora as MVIs (Mortes Violentas Intencionais) tenham recuado 5,4%, com 44.127 registros, o número de desaparecimentos aumentou 4,9%, levantando questionamentos sobre a real queda da letalidade. O ranking das cidades mais violentas tem forte presença do Nordeste, com destaque para Maranguape (CE), com taxa de 79,9 mortes por 100 mil habitantes.

“Persistem bolsões de extrema violência no país, especialmente onde há disputa entre facções. As políticas públicas precisam se adaptar às realidades locais”, disse Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum.

Fonte: R7
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