O casal Ravier
e Ester Centenaro está mobilizando uma campanha solidária para arrecadar R$ 500
mil e levar a filha Gabriela, de 13 anos, para um tratamento inovador no
México. A adolescente tem uma condição genética chamada deficiência do
transportador de glicose tipo 1 (GLUT1), uma síndrome neurológica considerada
ultra rara – menos de mil pessoas no mundo convivem com o diagnóstico.

Durante
entrevista ao programa Atualidades,
o casal relatou a jornada difícil até o diagnóstico correto. Inicialmente,
Gabriela foi tratada como se tivesse paralisia cerebral, o que agravou seu
quadro, já que o tratamento convencional envolvia alimentos e medicamentos com
açúcar – justamente o que seu organismo não pode processar.
“Até os 5
anos, eu estava matando minha filha, mesmo sem saber”, desabafou Ester. A
doença de Gabriela impede que a glicose chegue ao cérebro, o que compromete o
funcionamento neurológico e causa crises epilépticas severas – algumas vezes
chegando a 50 convulsões por dia. Cada crise representa perda de neurônios e
compromete o desenvolvimento cognitivo e motor da menina.
Atualmente,
Gabriela segue uma rígida dieta cetogênica para minimizar os efeitos da
síndrome. No entanto, o tratamento mais promissor é realizado fora do Brasil.
Trata-se do Cytotron, uma tecnologia não invasiva aplicada na cidade de
Monterrey, no México, que promete regenerar tecidos neurais e controlar a
epilepsia em até 90% dos casos.
“O
tratamento dura 40 dias e envolve exames detalhados para mapear a área afetada
do cérebro. A máquina atua exatamente nessa região”, explicou Ravier. Os custos
da viagem, hospedagem, alimentação especial e sessões clínicas somam meio
milhão de reais. A campanha está sendo realizada por meio de vaquinha virtual e
doações via Pix.
As doações podem ser feitas diretamente via Pix utilizando o CPF de Gabriela: 100.592.359-00.
Mais informações estão disponíveis no Instagram da mãe, Ester Centenaro: @estercentenaro.
“Qualquer
valor faz diferença. Se cada pessoa doar R$ 10, a gente chega lá. Sozinhos não
conseguimos, mas juntos podemos dar uma nova chance para a Gabriela”, reforçou
Ester, emocionada.
A família
também conta com apoio de instituições como o Rotary, que está ajudando com
contatos no México. Gabriela está na sétima série do ensino regular, participa
de atividades de inclusão e mantém rotinas adaptadas. Apesar das limitações,
ela é carinhosa, comunicativa e segue em busca de qualidade de vida.