A ordem executiva de Donald Trump que oficializa as tarifas de 50% aos produtos brasileiros deixou de fora alguns produtos brasileiros.
A lista inclui 694 exceções, como:
- suco de laranja- aviões e drones
- castanhas
- minério de ferro
- petróleo
- carvão
- óleos
- madeira
- celulose
- móveis de metal e plástico
Produtos como madeira, celulose e equipamentos elétricos também ficaram de fora.
Aço e alumínio, que já haviam sido taxados em 50% nas importações com origem de todos os países, não foram incluídas na lista.
Por outro lado, itens como café, cacau, carne, tabaco, armas e frutas devem ser tarifados. O decreto passa a valer a partir de 6 de agosto.
O texto da Casa Branca ataca o governo brasileiro e faz uma defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro e de "milhares de seus apoiadores" como alvos de "violações dos direitos humanos que minaram o Estado de Direito no Brasil".
Na ordem executiva, a Casa Branca informa: "Hoje, o presidente Donald J. Trump assinou uma Ordem Executiva implementando uma tarifa adicional de 40% sobre o Brasil, elevando o valor total da tarifa para 50%, para lidar com políticas, práticas e ações recentes do governo brasileiro que constituem uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos".
A Ordem declara uma nova emergência nacional, "utilizando a autoridade do presidente sob a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional de 1977 (IEEPA) e estabelece uma tarifa adicional de 40% para lidar com as políticas e ações incomuns e extraordinárias do governo do Brasil que prejudicam empresas americanas, os direitos de liberdade de expressão de cidadãos americanos, a política externa dos EUA e a economia dos EUA".
O texto também diz textualmente que "a Ordem considera que a perseguição, intimidação, assédio, censura e processo politicamente motivados pelo governo do Brasil contra o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro e milhares de seus apoiadores constituem graves violações dos direitos humanos que minaram o Estado de Direito no Brasil".
O texto também menciona que "o presidente Trump tem reafirmado consistentemente seu compromisso de defender a segurança nacional, a política externa e a economia dos Estados Unidos contra ameaças estrangeiras, inclusive salvaguardando a liberdade de expressão, protegendo empresas americanas de censura coercitiva ilegal e responsabilizando violadores de direitos humanos por seu comportamento ilegal".