
A Justiça da Itália manteve a prisão da deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP), que está no presídio de Rebibbia, nos arredores de Roma. As autoridades italianas realizaram uma primeira análise do caso, nesta sexta-feira (1°), numa espécie de audiência de custódia. O Brasil pede a extradição da parlamentar. As informações são do g1.
A deputada foi presa na noite de terça-feira (29) nos arredores de Roma. Ela era considerada foragida da Justiça brasileira e havia sido incluída na difusão vermelha da Interpol. A deputada saiu do país depois de ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão no caso da invasão hacker aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Zambelli disse que quer ser julgada pela Justiça italiana e que irá provar sua inocência. Segundo a deputada, a condenação foi baseada no depoimento do hacker Walter Delgatti, a quem chamou de “mentiroso”.
Pedido de extradição foi oficializado em junho
Oficializado no dia 11 de junho pelo ministro Alexandre de Moraes, o pedido de extradição de Carla Zambelli foi enviado pelo Itamaraty ao governo italiano. No documento, há a cópia da deliberação que condenou a deputada e os artigos do Código Penal que fundamentaram a decisão.
“A Sra. Carla Zambelli Salgado de Oliveira, de maneira livre, consciente e voluntária, comandou a invasão a sistemas institucionais utilizados pelo Poder Judiciário, mediante planejamento, arregimentação e comando de pessoa com aptidão técnica e meios necessários ao cumprimento de tal mister, com o fim de adulterar informações, sem autorização expressa ou tácita de quem de direito”, diz o texto.
Moraes também indicou as garantias que o Brasil vai dar para Carla Zambelli se a Itália autorizar a extradição. O ministro se comprometeu a não submeter Zambelli a:
Prisão ou processo por fato anterior ao pedido de extradição;
- Não impor pena perpétua;
- Não agravar a pena por motivos políticos;
- Não submeter a parlamentar a tortura ou a tratamentos desumanos ou degradantes.