POLÍTICA - 05/08/2025 08:46

Dino negou habeas corpus a Bolsonaro antes mesmo da prisão domiciliar

Deputados estaduais acionaram o STF contra medidas cautelares impostas a Jair Bolsonaro, mas ministro Flávio Dino negou pedido
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Reprodução / Metrópoloes

Se depender do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, Jair Bolsonaro vai continuar cumprindo as determinações do colega, Alexandre de Moraes, que em julho determinou uma série de medidas cautelares contra o ex-presidente, antes da prisão domiciliar imposta a ele nesta segunda-feira (4), como a proibição de usar redes sociais e o uso de tornozeleira eletrônica.

Deputados estaduais tinham recorrido à Corte por meio de um habeas corpus em que pediam a anulação das medidas cautelares, alegando a “suspeição do Ministro Relator [Alexandre de Moraes] e da quebra da imparcialidade jurisdicional e afronta ao Estado Democrático de Direito”.

O pedido foi assinado por um grupo de parlamentares estaduais, entre eles Cristiano Caporezzo (MG), Bruno Engler (MG), Leandro de Jesus (BA), Gilberto Cattani (MT) e Carmelo Neto (CE). Os parlamentares argumentaram que Bolsonaro estaria sofrendo “constrição ilegal de sua liberdade individual” e que as medidas cautelares se baseavam em “conteúdos de natureza opinativa, informal e desvinculados de conduta penal típica”.

No STF, os deputados alegaram ainda que as provas que embasaram a decisão de Moraes para impor medidas cautelares contra Bolsonaro foram colhidas fora do Brasil “à margem das exigências legais, constitucionais e convencionais”. No despacho em que negou a anulação, Dino considerou o pedido “incabível”, por contestar ato individual de outro ministro do Supremo Tribunal Federal.

Prisão de Bolsonaro pegou defesa de ‘surpresa’, mas advogados vão recorrer

A defesa se disse surpresa com a decisão de Alexandre de Moraes ao decretar a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, mesmo após o o ex-presidente estar usando tornozeleira eletrônica e cumprir medidas como restrição de horários para circulação e proibição de usar redes sociais.

“A defesa foi surpreendida com a decretação de prisão domiciliar, tendo em vista que o ex-presidente Jair Bolsonaro não descumpriu qualquer medida”, disseram os advogados Celso Vilardi, Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Tesser, em nota. Eles também afirmaram que vão recorrer da decisão do ministro Alexandre de Moraes.

Os advogados lembraram decisão anterior que autorizava Bolsonaro a conceder entrevistas e fazer discursos públicos. “Cabe lembrar que na última decisão constou expressamente que ‘em momento algum Jair Messias Bolsonaro foi proibido de conceder entrevistas ou proferir discursos em eventos públicos’.

A decisão do ministro Alexandre de Moraes de decretar a prisão domiciliar do ex-presidente, não precisa ser confirmada pelo plenário ou por turmas do Supremo Tribunal Federal.
Fonte: ND+
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