
As Polícias Científicas de todo o país participam até o dia 15 de agosto da Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas. A iniciativa integra a Mobilização Nacional de Identificação de Pessoas Desaparecidas, promovida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, com a participação de diversos órgãos e entidades.
A campanha tem como objetivo coletar material biológico de familiares de pessoas desaparecidas para inclusão no Banco Nacional de Perfis Genéticos. O material é comparado com perfis genéticos de pessoas encontradas vivas ou falecidas com identidade desconhecida, armazenados pelos órgãos de perícia oficial.
Em Santa Catarina, a Polícia Científica realiza coletas durante todo o ano, por meio do Programa Conecta. Para esta Campanha, o número de pontos de coleta foi ampliado de 15 para 22 unidades, em todas as regiões do estado.
A coleta é realizada com kits padronizados nacionalmente, por meio de swab bucal (cotonete), aplicado na mucosa oral do doador. O procedimento é simples, indolor e feito em poucos segundos. O perfil genético obtido é utilizado exclusivamente para a identificação do familiar desaparecido.

A perita-geral da Polícia Científica de Santa Catarina e presidente do Conselho Nacional de Dirigentes de Polícias Científicas, Andressa Boer Fronza, destaca que “após a coleta, os peritos realizam a análise genética e inserem os dados no banco de perfis. Quando há compatibilidade, o familiar é contatado. Caso não haja correspondência imediata, o perfil permanece ativo e segue sendo comparado automaticamente a cada atualização da base de dados”. Ela reforça ainda que a busca por pessoas desaparecidas é uma pauta nacional prioritária, e que já existe um grupo de trabalho atuando na padronização técnica e na integração entre os órgãos de perícia oficial envolvidos com o tema.