POLÍTICA - 09/08/2025 09:27

Lista mostra quem são os 15 deputados que podem ser afastados por motim na Câmara

Lista inclui nomes de peso do PL, do Novo e uma deputada do PT; suspensões podem chegar a seis meses e afetar diretamente a composição da Câmara
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Veja os 15 deputados que podem ser afastados por motim na Câmara – Foto: Câmara dos Deputados/

O clima esquentou no Congresso e agora 15 deputados federais, 14 da oposição e uma do PT, correm o risco de ficar até seis meses afastados do mandato. O presidente da Câmara, Hugo Motta, enviou à Corregedoria da Casa, nesta sexta-feira (8), os pedidos de suspensão depois do motim que paralisou os trabalhos legislativos nos dias 5 e 6 de agosto.

A lista é formada, em sua maioria, por parlamentares do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, e do Novo, acusados de invadir e ocupar a Mesa Diretora.

Veja a lista dos deputados que podem ser afastados:

Marcos Pollon (PL-MS);
Zé Trovão (PL-SC);
Júlia Zanatta (PL-SC);
Marcel van Hattem (Novo-RS);
Paulo Bilynskyj (PL-SP);
Sóstenes Cavalcante (PL-RJ);
Nikolas Ferreira (PL-MG);
Zucco (PL-RS);
Allan Garcês (PL-TO);
Caroline de Toni (PL-SC);
Marco Feliciano (PL-SP);
Bia Kicis (PL-DF);
Domingos Sávio (PL-MG);
Carlos Jordy (PL-RJ); e
Camila Jara (PT-MS).

A decisão dos deputados que podem ser afastados foi tomada pela Mesa Diretora da Câmara após reunião na tarde desta sexta-feira (8).

Como será o processo

As denúncias serão analisadas pela Corregedoria, que vai checar imagens e depoimentos. Depois, os casos voltam à Mesa Diretora e seguem para o Conselho de Ética, onde os deputados podem ser advertidos, suspensos ou até perder o mandato.

“A Mesa da Câmara dos Deputados se reuniu nesta sexta-feira, 8 de agosto, para tratar das condutas praticadas por diversos deputados federais nos dias 5 e 6. A fim de permitir a devida apuração do ocorrido, decidiu-se pelo imediato encaminhamento de todas as denúncias à Corregedoria Parlamentar para a devida análise”, informou em nota a Secretaria-Geral da Mesa da Câmara.

Acusações e defesas

Nesta manhã, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), apresentou à Mesa Diretora um ofício em que pedia a abertura de processo disciplinar e a suspensão cautelar de cinco parlamentares bolsonaristas. A suspensão de Camila Jara foi pedida por deputados oposicionistas.

Último a levantar-se da cadeira da Presidência da Câmara, Pollon é acusado de impedir a retomada dos trabalhos e de xingar Motta dias antes. Em postagem nas redes sociais, Pollon alega ser “autista” e não entender o que estava acontecendo, sentando-se momentaneamente na cadeira de Motta para pedir conselhos a Van Hattem, que estava ao lado.

Zé Trovão, segundo o PT, o PSB e o PSOL, é acusado de tentar impedir fisicamente o retorno de Motta à Mesa Diretora.

Zanatta é acusada de usar a filha de quatro meses como “escudo”, além de colocar a bebê em ambiente de risco e de tensão.

Bilynskyj é acusado de “tomar de assalto e sequestrar” a Mesa Diretora do Plenário e de ocupar a Mesa da Comissão de Direitos Humanos, impedindo o presidente da comissão de exercer suas funções. O ofício também citou a agressão ao jornalista Guga Noblat, flagrada por câmeras.

Zé Trovão, Zanatta e Bilynskyj não tinham se manifestado nas redes sobre a decisão de Motta até o momento.

Na sessão de quinta-feira (7), Zé Trovão disse não ter incentivado a violência, apenas tentado impedir a retirada de parlamentares à força. Em postagem anterior, a parlamentar disse que parlamentares de esquerda “odeiam as mulheres e a maternidade”.

Van Hattem é acusado de tomar de assalto e “sequestrar” a cadeira da presidência. Van Hattem postou um trecho do Hino Nacional. Em vídeo anterior, disse que uma eventual suspensão do mandato pedida pelo PT seria golpe.

Os demais parlamentares do PL foram incluídos em uma representação individual do deputado João Daniel (PT-SE).
Em relação a Camila Jara, a parlamentar é acusada de empurrar Nikolas Ferreira durante uma discussão para a retomada do controle do plenário da Câmara.

A assessoria da deputada nega qualquer agressão e afirma ter havido um “empurra-empurra” em que a parlamentar afastou Nikolas, que teria se desequilibrado.

Fonte: ND+
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