
Entre bruxas, ladrões e agentes secretos, o cinema se prepara para uma avalanche de estreias que prometem incendiar as telas e provocar o público como há tempos não se via.
Se você achava que 2025 já tinha entregado tudo no primeiro semestre, prepare-se: o segundo ato do ano promete ser um espetáculo à parte. A temporada de estreias a partir de setembro vem misturando misticismo, ação, cinema autoral e blockbusters com orçamentos que fariam até os Vingadores repensarem suas estratégias. E, entre promessas internacionais e talentos brasileiros que não param de crescer, este semestre é um campo minado de grandes apostas.
Logo em setembro, os portões do sobrenatural se abrem com “Invocação do Mal 4: O Último Ritual” (04/09), prometendo encerrar a saga dos icônicos Ed e Lorraine Warren com um caso baseado na família Smurl, assombrada por quase duas décadas. Real ou exagero hollywoodiano? Pouco importa. A fórmula ainda funciona e a tensão vem temperada com a promessa de ser a despedida definitiva do casal mais corajoso do universo paranormal.
Já no fim do mês (25/09), “Uma Batalha Após a Outra” traz Leonardo DiCaprio liderando um grupo de ex-revolucionários em missão de resgate. Esqueça os discursos pacifistas: aqui o papo é vingança, lealdade e tiros. Um thriller político com clima de western moderno, que já nasce cotado para premiações e para memes.
Em outubro, o nacional “Maurício de Souza: O Filme” (23/10) entra em cena com a difícil missão de emocionar diferentes gerações. O longa, estrelado por Mauro Souza, é uma homenagem ao criador da Turma da Mônica e, claro, uma viagem pelo imaginário afetivo de milhões de brasileiros. Na mesma leva, “Roofman” (16/10) promete surpreender com a inacreditável história real do ladrão que escapava pela janela... ou melhor, pelo telhado.
Mas é novembro que deve parar o Brasil, e talvez o mundo cinéfilo. No dia 06/11, “O Agente Secreto”, de Kleber Mendonça Filho, desembarca como um dos filmes mais aguardados do ano. Estrelado por Wagner Moura, o longa é ambientado na Recife dos anos 1970 e mergulha nos escombros da ditadura e da repressão, mas sem perder o viés humano. A fuga de Marcelo é só o estopim de uma trama que deve misturar paranoia política, identidade e cinema com assinatura. Mendonça, mais uma vez, não joga seguro — e ainda bem. Antes desta estreia, o filme será exibido em Recife, premiére brasileira, e depois em Brasília.
No dia 20 de novembro, “Wicked: For Good” tenta arrebatar corações e globos de ouro, encerrando a história iniciada no primeiro filme em 2024. A bruxa má e a bruxa boa voltam em clima de reconciliação épica, mas o conto de fadas promete tom mais sombrio e de cair o queixo.
E em dezembro, no dia 18, James Cameron retorna com seu projeto de vida: “Avatar: Fogo e Cinzas”. É o terceiro filme da franquia e agora o conflito é interno. Pandora será tomada por Na’vis ainda mais selvagens, liderados por Varang (Oona Chaplin). É guerra tribal, espiritualidade e, claro, tecnologia 3D, que vai fazer seu ingresso custar o preço de uma pequena viagem. E para fechar o ano com chave autoral, “O Último Azul”, de Gabriel Mascaro, ainda sem data exata confirmada para dezembro, promete ser uma joia do cinema brasileiro. A trama, envolta em mistério, traz um futuro próximo onde a água é tão rara quanto a esperança. Mascaro, como sempre, mergulha em imagens sensoriais e críticas sociais — um cinema que incomoda, desafia e encanta.
O segundo semestre de 2025 não quer agradar. Ele quer impactar, dividir opiniões, viralizar, lotar salas e, acima de tudo, marcar território na história do cinema contemporâneo. E seja por meio de um agente em fuga, uma entidade maligna ou uma bruxa redimida, a verdade é só uma: ninguém vai sair ileso dessa temporada.