
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem até as 20h34 desta sexta-feira (22) para apresentar ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes as explicações sobre o suposto descumprimento de medidas cautelares. O prazo de 48 horas foi estipulado na última quarta-feira (20), após a Polícia Federal (PF) identificar o que considera "condutas ilícitas" e um "comprovado risco de fuga".
A PF indiciou Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por obstrução à investigação sobre a tentativa de golpe de Estado. O relatório da corporação aponta que o ex-presidente teria um documento de pedido de asilo político à Argentina, endereçado ao presidente Javier Milei, alegando perseguição política.
Em sua decisão, Moraes afirma que "os elementos de prova obtidos pela Polícia Federal indicam que Jair Messias Bolsonaro tinha posse de documento destinado a possibilitar sua evasão do território nacional, após a imposição de medidas cautelares".
O que diz a defesa
Em nota, a defesa de Bolsonaro declarou ter recebido com "surpresa" o novo indiciamento e negou qualquer descumprimento das medidas cautelares impostas pelo STF. O ex-presidente está em prisão domiciliar, proibido de usar telefone e redes sociais, seja diretamente ou por terceiros.
A resposta da defesa será encaminhada imediatamente à Procuradoria-Geral da República (PGR), que terá 48 horas para se manifestar sobre o caso.