
Suspeito está preso desde a última quinta-feira (4) (Foto: Polícia Civil, Divulgação)
A Polícia Civil confirmou nesta segunda-feira (8) a identidade da mulher assassinada e que teve partes do corpo espalhadas por diferentes pontos de Porto Alegre. A vítima é Brasília Costa, de 65 anos, natural de Arroio Grande, na Região Sul do Estado. Ela residia na Zona Norte da capital gaúcha e trabalhava como manicure, segundo informações do g1.
Descoberta do crime
O caso começou a ser investigado após o torso da vítima ser encontrado dentro de uma mala em um guarda-volumes da rodoviária, no dia 1º de setembro. Dias antes, em 13 de agosto, membros inferiores e superiores já haviam sido localizados na Rua Fagundes Varela, na Zona Leste. A polícia ainda apura se uma parte de perna achada na orla pertence à mesma vítima.
Suspeito reincidente
O principal suspeito é Ricardo Jardim, publicitário condenado em 2018 a 28 anos de prisão por matar e concretar o corpo da própria mãe. Ele foi preso preventivamente após o Instituto Geral de Perícias (IGP) identificar um perfil genético masculino nos sacos de lixo que envolviam os restos mortais, compatível com o banco de perfis do Estado.
Ricardo estava em regime semiaberto desde janeiro de 2024, mas não recebeu tornozeleira eletrônica por falta de equipamento. Em abril tornou-se foragido, e em fevereiro de 2025 teve a prisão novamente decretada.
Relação com a vítima
Segundo o delegado responsável, Ricardo mantinha um relacionamento com Brasília e o crime teria motivações financeiras. Ele estava com o celular da vítima e chegou a enviar mensagens para familiares se passando por ela, o que atrasou a percepção de seu desaparecimento.
Feminicídio e novas perícias
A Polícia Civil classifica o caso como feminicídio. A cabeça da vítima ainda não foi localizada, o que impede a conclusão da causa da morte. Perícias em dispositivos eletrônicos apreendidos devem esclarecer se houve movimentações financeiras e confirmar a autoria das mensagens.
A coleta de DNA dos familiares será realizada para confirmar formalmente a identidade. O caso segue em investigação.