Depende de onde você está sintonizando. Mesmo com o avanço dos streamings e das redes sociais, o rádio continua sendo o meio de comunicação com maior alcance diário no Brasil — acredite se quiser.
Os números confirmam: segundo relatório da Kantar Ibope Media, 79% dos brasileiros ainda ouvem rádio, passando em média 3 horas e 47 minutos por dia com o som ligado.
Mas isso não quer dizer que o formato ficou parado no tempo. Com mais de 100 anos de história, o rádio se reinventou e hoje está presente em múltiplas plataformas. A tendência dos rádios web espalhou o formato por YouTube, serviços de streaming de áudio e assistentes virtuais, como as populares Alexas.
De acordo com o levantamento:
- 70% dos ouvintes ainda escutam pelo tradicional AM/FM;- 33% acompanham transmissões pelo YouTube;
- 16% usam serviços sob demanda;
- e 13% escutam pelos aplicativos das próprias emissoras.
A soma ultrapassa 100% porque muitos ouvintes utilizam mais de um formato para acompanhar seus programas preferidos.
O resultado é expressivo: 92% da população brasileira consome algum tipo de conteúdo sonoro diariamente, colocando o país entre os maiores mercados de áudio do mundo.
Audiência que movimenta bilhões
Onde tem atenção, tem investimento. O rádio movimenta cerca de R$ 2,5 bilhões em publicidade e segue como um dos maiores empregadores da mídia brasileira.E o poder de influência também permanece: 43% dos ouvintes afirmam já ter comprado ou pesquisado um produto após ouvir uma propaganda no rádio. Ou seja, aqueles jingles ainda fazem efeito.
No cenário global, o mercado de rádio representa quase US$ 10 bilhões, e as projeções indicam que ele deve continuar crescendo nos próximos anos.
Som ligado, público fiel
Mesmo diante da avalanche de opções digitais, o rádio segue ocupando um espaço único: o da companhia diária, da credibilidade e da voz local.Mais do que nunca, o velho e bom rádio mostra que está longe de sair de cena — apenas mudou de frequência.

